Um ambicioso projeto do governo do Pará para transformar escolas estaduais em hostels durante a Copa do Mundo de 2026 enfrenta sérios obstáculos em Belém. Das 17 unidades de ensino selecionadas para participar do programa, apenas três estarão em condições de receber hóspedes durante o evento esportivo.
Falta de Infraestrutura Compromete Projeto
O programa "Escola-Hostel", lançado com grande expectativa, esbarra na realidade da precária infraestrutura das instituições de ensino. Segundo levantamento da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a maioria das escolas necessita de reformas significativas para atender aos requisitos mínimos de hospedagem.
As únicas unidades confirmadas para operação são:
- Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Dorothy Stang
- Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Avertano Rocha
- Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Ruy da Silveira Britto
Investimentos e Prazos Apertados
O governo estadual destinou R$ 10 milhões para as adaptações necessárias, mas o prazo curto até a Copa preocupa. As obras precisam ser concluídas até julho de 2026, deixando pouco espaço para imprevistos.
"Estamos trabalhando contra o relógio para garantir que pelo menos essas três unidades estejam totalmente preparadas para receber os turistas", admitiu fonte da Seduc.
Impacto no Turismo Local
A reduzida capacidade operacional do projeto pode afetar a oferta de hospedagem acessível durante a Copa. Belém espera receber milhares de visitantes para os jogos que sediará no estádio Mangueirão, e a iniciativa das escolas-hostels era vista como uma solução complementar importante.
Especialistas em turismo alertam que a baixa adesão pode representar uma oportunidade perdida para a cidade capitalizar economicamente com o evento esportivo.