
O placar foi unânime — e devastador. Onze votos, onze condenações. Carla Zambelli, uma das figuras mais polarizadoras do cenário político nacional, acaba de ser sentenciada pelo Supremo Tribunal Federal a 5 anos e 3 meses de prisão, inicialmente em regime aberto. A notícia ecoou pelos corredores do poder como um trovão em dia seco.
O caso, que já rendeu rios de tinta e horas de debate televisivo, finalmente chegou ao seu desfecho judicial. Os crimes? Ah, os crimes são daqueles que misturam a política com a lei eleitoral: falsidade ideológica e conduta vedada a agente público. Coisa séria, como bem destacaram os ministros.
Os detalhes que pesaram na sentença
Não foi do nada, claro. A história remonta às eleições de 2022, quando Zambelli — na época candidata à reeleição — teria cometido irregularidades durante a campanha. A acusação alega que ela usou a máquina pública de forma indevida, algo que, convenhamos, não é exatamente novidade no Brasil, mas que desta vez foi parar no colo do STF.
E olha, o tribunal não deixou por menos. Além da pena de prisão, a deputada — agora condenada — também terá de pagar multa de 50 dias, calculada em um valor que beira os R$ 20 mil. Uma bela dor no bolso, sim, mas que parece pequena perto da perda de liberdade.
E agora, o que acontece?
Bom, a defesa já anunciou que vai recorrer. Claro que vai. Em casos assim, ninguém baixa a cabeça quietinho. E enquanto os trâmites legais não se esgotam, Zambelli não vai ser presa. Pelo menos não agora.
Mas a questão que fica — e que todo mundo está se perguntando — é: e o mandato? Bom, tecnicamente, ela pode continuar deputada por enquanto. Só perderia o cargo se a condenação fosse confirmada em última instância e o regime fechado fosse determinado. Mas, entre nós? A sombra já se alonga.
O julgamento foi presidido pelo ministro Luís Roberto Barroso e contou com votos alinhados de todos os onze membros da corte. Nenhuma surpresa, nenhum voto dissonante. Um sinal claro de que as provas eram — como se diz no popular — “gritantes”.
É mais um capítulo naquela novela que mistura lawfare, perseguição política e justiça — depende de em que lado da trincheira você está. Mas uma coisa é fato: o STF mandou um recado. E Zambelli, pelo menos por hoje, saiu perdendo.