
Numa declaração que ecoa pelos corredores do poder, Tarcísio de Freitas — sim, o governador de São Paulo — soltou o verbo sobre algo que tá tirando o sono dele. E com razão, diga-se de passagem.
O que acontece quando alguém vai parar no banco dos réus simplesmente por criticar? Pois é, essa realidade assustadora já bateu à porta de muitos brasileiros. Tarcísio não só reconhece o problema como levanta a bandeira contra essa tendência perigosa.
O cerne da questão: onde termina a opinião e começa o crime?
Numa conversa franca com jornalistas, o governador foi direto ao ponto: "Me preocupa o fato de pessoas serem investigadas judicialmente por críticas". Simples assim. Mas a simplicidade da frase esconde uma complexidade enorme.
Imagine só — você solta uma opinião, talvez contundente, talvez polêmica, e de repente se vê envolvidx em processos judiciais. Assustador, não? Tarcísio certamente acha que sim.
O contexto que poucos veem
Não se trata de defender insultos ou ataques pessoais, claro. A questão é mais sutil — e mais importante. O governador paulista defende que críticas às instituições, quando feitas dentro dos limites do debate democrático, precisam ser protegidas, não punidas.
"Temos que ter muito cuidado com isso", alertou ele, mostrando uma preocupação genuína com o direction que estamos tomando como sociedade.
O paradoxo democrático
Eis o que é particularmente interessante: Tarcísio não está falando como observador distante. Como governador, ele mesmo recebe críticas — algumas bastante ácidas, imagino. Mas parece entender que isso faz parte do jogo democrático.
Será que estamos confundindo discordância com crime? A pergunta fica no ar, ecoando nas entrelinhas de suas declarações.
Um balanço delicado
Obviamente, nenhum direito é absoluto. O desafio — e que desafio! — é encontrar esse ponto equilíbrio onde a liberdade de expressão não vire licença para difamação, mas também onde críticas legítimas não sejam silenciadas pelo aparato judicial.
Tarcísio parece sugerir que a balança está pendoando para o lado errado. E olha, considering o momento político que vivemos, seu alerta chega em boa hora.
No fim das contas, a pergunta que fica é: que tipo de democracia queremos? Uma onde só se fala o que não incomoda ninguém, ou uma onde debates vigorosos — mesmo os desconfortáveis — são protegidos?
O governador de São Paulo deixou claro de que lado está. E você?