
Numa reação que mistura indignação e ironia fina, o Supremo Tribunal Federal (STF) deixou claro que não vai recuar um milímetro diante das sanções impostas pelos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes. "A Constituição é nossa única bússola", disparou um porta-voz do tribunal, enquanto outros ministros circulavam pelos corredores com um sorriso de quem sabe que está no centro de um furacão político.
O clima em Brasília? Tenso, mas com aquele jeitinho brasileiro de enfrentar crises. "Isso aqui não é filme de Hollywood", comentou um assessor, enquanto ajustava o nó da gravata antes de entrar numa reunião emergencial. Os ministros, por sua vez, pareciam mais preocupados em garantir o cafezinho do que com as ameaças de além-mar.
O que está em jogo?
Os EUA decidiram congelar bens e proibir transações com Moraes, alegando — pasmem — "ataques à democracia". Ironia das ironias, vindo de um país que há quatro anos viu uma turba invadir o Capitólio. O STF, em resposta, soltou uma nota tão seca quanto o cerrado em agosto: "Não nos desviaremos da Constituição, mesmo que chova sanção".
Detalhe curioso: enquanto diplomatas trocavam farpas, o ministro Moraes seguia trabalhando como se nada tivesse acontecido. Fontes próximas dizem que ele recebeu a notícia entre um processo e outro, apenas ergueu as sobrancelhas e murmurou: "Interessante..." antes de voltar aos autos.
E os bastidores?
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- Nas redes, a polarização é tanta que até memes perderam a graça
Uma coisa é certa: o STF não vai ceder. Nem por pressão interna, muito menos por ordens de Washington. Como disse um ministro (que preferiu não ser identificado): "Nossa democracia tem cicatrizes, mas também tem anticorpos". E esses anticorpos, pelo visto, estão em pleno trabalho de defesa.