O Partido Liberal (PL) está convencido de que o momento político atual criou as condições ideais para a aprovação da anistia aos condenados pelos eventos do 8 de Janeiro. Segundo avaliação de integrantes da legenda, uma combinação de fatores transformou o ambiente no Congresso Nacional em terreno fértil para a avanço da proposta.
Conjuntura política favorável
O vice-líder do PL na Câmara, deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), afirma que a situação se tornou inevitável após uma série de desenvolvimentos políticos. Em entrevista ao programa Ponto de Vista, da VEJA, o parlamentar destacou que o desgaste do governo no Senado, somado ao conflito aberto entre o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, e o presidente da Casa, Hugo Motta, criaram um cenário propício.
A mobilização da oposição após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro também é apontada como elemento crucial nessa equação. "A grande maioria dos deputados entende que o momento é agora. Não vamos abrir mão da anistia", declarou Nogueira com convicção.
Pressão sobre a liderança da Câmara
O PL elegeu a pauta da anistia como prioridade absoluta e planeja intensificar a pressão sobre o presidente da Câmara ao longo dos próximos dias. Como principal argumento para acelerar o calendário de votações, os parlamentares citam a urgência já aprovada anteriormente, que contou com mais de 300 votos favoráveis.
"Os deputados querem votar. O Brasil inteiro fala disso. Não existe clima mais favorável do que este", reforçou o vice-líder do partido. A comoção interna gerada pela situação de Bolsonaro na prisão também é utilizada como justificativa para a urgência do matter.
Negociações com o Centrão
As articulações políticas já estão em andamento, com negociações avançadas junto aos partidos do Centrão - União, PP e Republicanos. De acordo com Nogueira, esses diálogos indicam um apoio crescente à proposta de anistia.
"O ambiente é propício. O país espera pela pacificação", argumentou o deputado, reforçando o discurso de que a medida contribuiria para a normalização política nacional. A oposição garante que não recuará nessa batalha, prometendo empregar "todo o peso possível" para garantir a votação imediata.
O parlamentar finalizou com uma mensagem enfática: "Vamos jogar todo o peso possível. É agora ou nunca", sinalizando que o PL está disposto a travar uma batalha decisiva pela anistia dos condenados do 8 de Janeiro no atual cenário político brasileiro.
