Paulo Gonet define plano para PGR: diálogo e direito por 2 anos
Paulo Gonet traça plano para comandar a PGR até 2027

Novo mandato na PGR: Gonet mantém estilo técnico e diálogo

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, confirmou que não alterará sua forma de conduzir os trabalhos na instituição durante seu novo mandato de dois anos. Aprovado pelo Senado Federal nesta semana, o chefe do Ministério Público Federal reafirmou seu compromisso com uma gestão pautada pelo diálogo e rigor jurídico.

"Vou persistir na linha de formar convicção com diálogos, estudos e vinculação ao direito", declarou Gonet em entrevista ao Radar, destacando os pilares que orientarão sua atuação nos próximos vinte e quatro meses.

Aprovação no Senado supera resistência bolsonarista

A confirmação de Gonet no cargo ocorreu em meio a forte oposição de parlamentares alinhados ao bolsonarismo. O procurador enfrentou sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na última quarta-feira, onde obteve 17 votos favoráveis contra 10 contrários.

No plenário do Senado, a votação final consolidou sua posição: 46 senadores apoiaram sua indicação, enquanto 26 votaram contra a sua permanência na liderança da Procuradoria-Geral da República.

Trajetória sólida respalda novo mandato

A formação acadêmica e experiência profissional de Paulo Gonet reforçam sua autoridade para o comando da PGR. Formado em Direito pela Universidade de Brasília em 1982, o procurador possui mestrado pela Universidade de Essex, no Reino Unido, e doutorado também pela UnB.

Sua excelência em concursos públicos já era evidente desde o início da carreira: em 1986, foi aprovado em primeiro lugar no concurso para promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal. No ano seguinte, repetiu o feito ao conquistar novamente a primeira colocação no certame para procurador da República.

Com essa bagagem jurídica sólida, Gonet assume o desafio de comandar a PGR em um período de grandes expectativas sobre o papel do Ministério Público na cena política nacional. Sua promessa de manter o foco no diálogo e na fundamentação jurídica indica continuidade na postura técnica que marcou sua gestão anterior.