O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), se manifestou publicamente sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em declaração dada na noite de segunda-feira, 24 de novembro de 2025, Nunes afirmou que a medida precisa ser respeitada pelas instituições democráticas do país.
Declaração do prefeito sobre caso Bolsonaro
Ricardo Nunes, aliado do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), destacou que a decisão judicial já era esperada há bastante tempo. "A decisão [de prender Bolsonaro] já estava tomada há muito tempo, antes até do julgamento. Isso todo mundo sabe", declarou o prefeito.
Ele enfatizou a importância do respeito às instituições em um regime democrático, mesmo reconhecendo que o desfecho já era previsto por muitos. "Estamos em um país democrático, [é preciso] respeitar as instituições, mas, obviamente, isso já estava decidido", completou Nunes durante sua manifestação.
Relação política com o bolsonarismo
A posição do prefeito paulistano ganha relevância considerando sua trajetória política próxima ao bolsonarismo. Nas eleições municipais de 2024, Ricardo Nunes negociou e conseguiu o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro para sua campanha à reeleição.
O engajamento de Bolsonaro na campanha de Nunes foi limitado pela entrada do coach Pablo Marçal na disputa eleitoral, o que dividiu o eleitorado bolsonarista. Apesar disso, Nunes foi eleito com significativo apoio da direita bolsonarista, que se opôs veementemente ao seu rival, Guilherme Boulos (PSOL), atual ministro do governo Lula.
Contexto da prisão e argumentos da defesa
A prisão de Jair Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no último sábado, 22 de novembro. O caso ganhou novos contornos quando aliados do ex-presidente, incluindo Ricardo Nunes, apresentaram argumentos para justificar a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.
Segundo essa linha de defesa, Bolsonaro teria sofrido uma confusão mental resultante da mistura de dois medicamentos independentes, o que explicaria sua tentativa de romper o dispositivo eletrônico com um ferro de solda.
Ricardo Nunes se alinhou a outros importantes nomes do bolsonarismo ao defender essa explicação para o episódio que culminou na decisão judicial pela prisão do ex-presidente.
