Era uma noite como qualquer outra no coração de Brasília, mas o que aconteceu no palco - ou melhor, na plateia - foi tudo menos comum. Alexandre de Moraes, aquele ministro do STF que vive no centro das polêmicas, resolveu dar uma saidinha para curtir uns pagodes.
E olha só que cena: no meio do show da Marrom, o cara foi simplesmente ovacionado. Não foi um aplausinho educado, não. Foi aquela coisa de gente em pé, gritando, quase um carnaval fora de época. E os gritos? "Sem anistia! Sem anistia!"
O momento que parou o show
Dá pra imaginar? Lá estava Alcione, a voz que já embalou tantos amores, cantando "Não deixe o samba morrer", e de repente a plateia resolve fazer um coro político. Coisa de brasiliense, né? Só mesmo nessa cidade pra misturar Tribunal Superior com samba de tão maneira.
Testemunhas contam que Moraes chegou discretamente, mas não demorou muito para ser reconhecido. E aí, meu amigo, foi aquela confusão - no bom sentido. Pessoas se aglomerando, celulares a postos, e aquela energia que só acontece quando o inesperado vira protagonista.
Reações que falam mais que discurso
O ministro, sempre tão sério nas sessões do Supremo, soltou aquele sorriso contido de quem não esperava por aquilo. Recebeu cumprimentos, apertos de mão, e até pareceu relaxar por uns instantes. Quem diria, né? Um juiz do STF no meio da fuzarca!
E Alcione? A diva do samba seguiu cantando como se nada estivesse acontecento, mas deve ter pensado: "Caramba, nunca vi um público tão animado com um ministro na plateia".
O que me faz pensar: será que esses gritos de "Sem Anistia" eram só sobre política? Ou será que tinha um duplo sentido aí, tipo não anistiar o samba, não deixar a música morrer? Brasileiro adora uma metáfora, não é mesmo?
Nas redes sociais, o burburinho
Claro que não demorou nem cinco minutos para os vídeos viralizarem. De um lado, os apoiadores comemorando o que chamaram de "reconhecimento popular". Do outro, os críticos torcendo o nariz. E no meio, uma porção de gente que só queria saber do show da Alcione e se viu no meio de um acontecimento político-musical.
Particularmente, acho curioso como esses momentos casuais dizem mais sobre o clima político do que muitos discursos preparados. Quando a política invade o lazer, é porque realmente estamos vivendo tempos interessantes.
No fim das contas, ficou a imagem de um ministro sendo tratado quase como celebridade - ou seria como ídolo de torcida organizada? Difícil dizer. O certo é que Brasília mostrou mais uma vez que é aquela cidade onde tudo pode acontecer, até um ministro do STF virar astro de show.
