Moraes veta visita do sogro a Bolsonaro no hospital do DF
Moraes nega visita do sogro a Bolsonaro internado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou um pedido para que o sogro do ex-presidente Jair Bolsonaro pudesse visitá-lo no hospital. A decisão foi tomada na antevéspera do Ano-Novo, no dia 30 de dezembro.

Internação e estado de saúde de Bolsonaro

Jair Bolsonaro está internado no Hospital DF Star, em Brasília, desde o último sábado, dia 27. Ele se recupera de uma cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral, realizada por via convencional. No entanto, o ex-presidente enfrenta complicações com soluços persistentes e refluxo gastroesofágico.

De acordo com informações da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e de boletins médicos, Bolsonaro já passou por três procedimentos cirúrgicos com o objetivo de amenizar o problema. Nesta quarta-feira, 31 de dezembro, ele será submetido a uma nova endoscopia digestiva alta para avaliação do refluxo.

O filho do ex-presidente, Carlos Bolsonaro, relatou que após o segundo procedimento, seu pai voltou a ter crises de soluço, o que levou a uma nova intervenção de reforço.

Justificativa do veto de Moraes à visita

Em despacho, o ministro Alexandre de Moraes fundamentou a negativa ao pedido da defesa. Ele alegou que a internação hospitalar impõe um regime excepcional de custódia, diferente do estabelecimento prisional.

Moraes destacou que a decisão levou em conta as normas do próprio hospital e a necessidade de garantir a segurança e a disciplina durante o período de recuperação do paciente. “Diante das circunstâncias excepcionais da internação hospitalar, da necessidade de garantir a segurança e a disciplina”, escreveu o ministro.

Previsão de alta e cuidados médicos

O ex-presidente passará o Réveillon em observação médica. A previsão, caso não haja nenhuma piora em seu quadro clínico, é que ele receba alta na quinta-feira, 1º de janeiro.

Enquanto isso, Bolsonaro continua a receber procedimentos complementares para sua recuperação. A equipe médica mantém um protocolo que inclui:

  • Fisioterapia respiratória
  • Terapia noturna com CPAP
  • Medidas preventivas para trombose

O ex-presidente está condenado a 27 anos e três meses de prisão por chefiar a trama golpista, e sua custódia no ambiente hospitalar segue regras específicas determinadas pela Justiça.