O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma extensa agenda de visitas políticas e pessoais ao ex-presidente Jair Bolsonaro nas próximas semanas. A decisão, publicada nesta quinta-feira (13), atende a um pedido da defesa que alegou necessidade de "diálogo direto" com o ex-chefe do Executivo.
Lista de visitantes inclui governadores e aliados
Entre os nomes autorizados para encontros com Bolsonaro estão importantes figuras políticas que mantêm postura crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os governadores Cláudio Castro (PL-RJ) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) estão entre os visitantes de maior destaque, com encontros marcados para os dias 26 de novembro e 10 de dezembro, respectivamente.
Também receberam autorização o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo. Suas visitas estão programadas para 9 e 1º de dezembro.
Cronograma detalhado dos encontros
A lista de visitantes começa com o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida no dia 24 de novembro. Na sequência, Bruno Scheid, vice-presidente do PL em Rondônia, visitará Bolsonaro no dia 25.
Outros nomes confirmados incluem:
- Padre Cleidimar da Silva Moreira - 27 de novembro
- Deputado federal Evair de Melo (PP-ES) - 28 de novembro
- Ex-deputado Odelmo Leão - 3 de dezembro
- Padre Pablo Henrique de Faria - 4 de dezembro
- Paulo M. Silva - 5 de dezembro
- Deputado federal José Medeiros (PL-MT) - 2 de dezembro
- Deputado federal Sanderson (PL-RS) - 11 de dezembro
Contexto da decisão e medidas de segurança
A autorização ocorre no contexto da condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, no julgamento do chamado "Núcleo 1" da trama golpista. A maioria dos visitantes integra o grupo político que tenta preservar a articulação do bolsonarismo mesmo com o ex-presidente em prisão domiciliar.
Todas as visitas deverão ocorrer entre 9h e 18h e seguir protocolos rigorosos de segurança e monitoramento. Esta é a autorização mais ampla concedida por Moraes desde a condenação de Bolsonaro, refletindo tanto a pressão política de aliados quanto a estratégia do STF de permitir encontros supervisionados sem abrir mão do controle institucional sobre o ex-presidente.
Entre os visitantes autorizados, destacam-se aliados próximos, líderes religiosos e nomes com histórico de atuação em pautas conservadoras, demonstrando a manutenção da rede de apoio ao bolsonarismo mesmo após a condenação.