
O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, adotou uma postura de silêncio durante seu interrogatório com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O militar reformado, que ocupou cargo no governo Bolsonaro, respondeu apenas às perguntas formuladas por seu advogado, mantendo-se em completo mutismo diante das questões do magistrado.
O depoimento ocorreu em meio a investigações sobre supostas ações antidemocráticas. Heleno, conhecido por suas declarações polêmicas, surpreendeu ao evitar qualquer diálogo direto com Moraes, limitando-se a interações estritamente técnicas com sua defesa.
Analistas políticos destacam que a estratégia do ex-ministro reflete um cuidadoso cálculo jurídico, evitando possíveis armadilhas ou contradições. "É uma tática comum em situações de alto risco político", comentou um especialista em Direito Constitucional.
O caso tem gerado intenso debate na esfera pública, com repercussões tanto no meio jurídico quanto no cenário político nacional. Enquanto alguns defendem o direito ao silêncio como garantia constitucional, outros questionam a postura do ex-ministro diante de questões consideradas relevantes para a democracia brasileira.