A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) reagiu com o que classificou como um "pequeno, muito pequeno, minúsculo alívio" à decisão de que o ex-presidente Jair Bolsonaro cumprirá sua pena na sede da Polícia Federal em Brasília, e não em um presídio comum.
Preocupação com a saúde de Bolsonaro
Durante o governo Bolsonaro, Damares atuou como ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos e sempre se mostrou uma das aliadas mais vocal sobre os riscos à saúde do ex-presidente caso fosse encarcerado em um presídio comum. Em diversas ocasiões, a senadora chegou a afirmar que Bolsonaro "morrería na prisão" se fosse submetido às condições do sistema carcerário convencional.
Recentemente, um grupo de senadores liderado por Damares realizou uma visita ao complexo penitenciário da Papuda, local que os apoiadores de Bolsonaro temiam que pudesse ser seu destino por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Relatório aponta condições precárias
A comitiva parlamentar produziu um relatório detalhado sobre as condições encontradas na Papuda, destacando três problemas principais que representariam "risco de morte" para o ex-presidente:
- Superlotação das celas
- Falhas no atendimento de saúde
- Comida estragada
O documento serviu como base para os argumentos da defesa de Bolsonaro sobre a necessidade de um local adequado para o cumprimento da pena.
Nova missão política
Questionada sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, Damares afirmou que agora os apoiadores de Bolsonaro têm uma nova "missão" no Congresso Nacional: conseguir a aprovação do projeto de lei da anistia "ampla, geral e irrestrita" para os condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023.
A decisão de que Bolsonaro cumprirá a pena na sala de Estado-Maior da superintendência da PF no Distrito Federal foi recebida como uma alternativa menos arriscada pelos aliados do ex-presidente, que continuam mobilizados em sua defesa no âmbito político.
