Itamaraty entra em campo: Brasil pede extradição de ex-assessor de Alexandre de Moraes aos EUA
Brasil pede extradição de ex-assessor de Moraes aos EUA

O Itamaraty decidiu não ficar de braços cruzados. Na tarde desta segunda-feira (26), o Ministério das Relações Exteriores brasileiro deu um passo tão ousado quanto necessário: formalizou oficialmente às autoridades norte-americanas o pedido de extradição de Carlos Fernando dos Santos Lima. O nome pode não ser famoso, mas sua história é daquelas que deixam qualquer um com a pulga atrás da orelha.

Ex-assessor direto do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Fernando é acusado de um crime gravíssimo – vazar informações privilegiadas e sigilosas da mais alta corte do país. E olha que não foi qualquer vazamento. As suspeitas recaem sobre a divulgação de dados sensíveis de inquéritos que, pasmem, investigavam justamente ataques e ameaças contra o próprio STF. A ironia é digna de um roteiro de filme.

O Brasil não perdeu tempo. A Polícia Federal já cumpriu um mandado de busca e apreensão no endereço do ex-assessor, mas… cá entre nós, ele não estava mais por aqui. Carlos Fernando havia se mandado para os Estados Unidos, onde reside atualmente. Daí a necessidade do Itamaraty entrar em cena, acionando o tratado bilateral de extradição entre os dois países.

Mas calma, que a coisa não para por aí. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já deu o aval, considerando que há indícios mais do que suficientes para sustentar o pedido. E não é pouco: ele responde por violação de sigilo funcional e inserção de dados falsos em sistema de informação – crimes previstos no Código Penal.

O que me deixa pensativo é o timing de tudo. O pedido de extradição chega num momento de relações… bem, digamos… complexas entre Brasil e Estados Unidos. Será que isso vai influenciar na resposta? Só o tempo dirá. Enquanto isso, o caso promete gerar muitos capítulos e discussões acaloradas sobre soberania, justiça e os limites da cooperação internacional.