Ex-presidente encerra batalha de recursos em processo por tentativa de golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro tomou uma decisão estratégica em seu processo criminal: não apresentará mais recursos para reverter a condenação que recebeu por tentativa de golpe de Estado. A informação foi confirmada nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025, marcando um ponto crucial no andamento do caso.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em um dos processos mais significativos da história recente do país. A decisão do ex-mandatário de não recorrer novamente surpreendeu observadores políticos e jurídicos.
Prazo para embargos infringentes se encerra em breve
Enquanto Bolsonaro optou por não apresentar o segundo recurso, a defesa dos outros réus envolvidos no mesmo processo ainda pode utilizar uma ferramenta jurídica importante: os embargos infringentes. O prazo para essa manifestação se estende até o final desta semana.
Os embargos infringentes representam uma última oportunidade para questionar decisões judiciais quando há divergência entre os votos dos ministros. Essa estratégia pode ser crucial para os co-réus que ainda buscam alternativas para reverter suas condenações.
Contexto processual e desdobramentos recentes
O processo que levou à condenação do ex-presidente envolve a acusação de tentativa de golpe de Estado, um dos episódios mais graves da política brasileira recente. A decisão judicial já vinha sendo acompanhada de outras medidas restritivas contra Bolsonaro.
Recentemente, o STF manteve a prisão preventiva do ex-presidente, reforçando a gravidade das acusações. Além disso, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente, contestou publicamente a prisão do pai, demonstrando a tensão familiar e política em torno do caso.
Bolsonaro recebeu a visita dos filhos na sede da Polícia Federal em Brasília, onde está detido, evidenciando que, apesar da decisão de não recorrer, o apoio familiar permanece forte.
Agora, todos os olhos se voltam para os próximos movimentos da defesa dos outros réus e para o possível uso dos embargos infringentes, que podem representar a última esperança de mudança no desfecho deste processo histórico.