Execução de penas do núcleo golpista gera reações no Congresso
Autoridades se manifestam sobre cumprimento de penas

Reações ao cumprimento das penas do núcleo golpista

Representantes dos Poderes Executivo e Legislativo se manifestaram publicamente sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou o início do cumprimento das penas pelos integrantes do núcleo crucial da tentaiva de golpe de Estado.

Posicionamento do Ministro da Defesa

O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que é fundamental respeitar as decisões da Justiça e destacou que "está se encerrando um ciclo" no país. Segundo ele, "os CPFs estão sendo responsabilizados e punidos" enquanto as instituições permanecem preservadas.

Múcio classificou o processo como doloroso, mas necessário, afirmando que "é o ciclo da vida". O ministro expressou satisfação com o encerramento deste capítulo e enfatizou: "Decisão da Justiça temos que aprender a acatar".

Debate no Congresso Nacional

Durante toda a tarde, o Congresso Nacional foi palco de intensas reações à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner do PT, minimizou o impacto da decisão, afirmando que "isso já estava precificado" e que "todo mundo sabia que isso viria".

Por outro lado, o senador Flávio Bolsonaro do PL, filho do ex-presidente, defendeu que a pena do pai deveria ser cumprida em regime domiciliar. Ele argumentou que "ele tinha que ter sido colocado dentro da prisão domiciliar, no mínimo" devido aos cuidados permanentes de saúde que necessita.

Perspectivas sobre a segurança do ex-presidente

O líder do PDT, deputado Mário Heringer, apresentou visão contrária, defendendo que a prisão na Superintendência da Polícia Federal oferece mais segurança para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele destacou que "na polícia tem plantão de 24 horas" com profissionais especializados.

Heringer argumentou que, embora a família possa oferecer cuidados em casa, "não com tanto zelo e com tanto cuidado como num serviço que funciona 24 horas". O parlamentar ressaltou que a instituição policial tem a obrigação legal de manter a segurança e qualidade de vida do ex-presidente durante o cumprimento da pena.

A decisão judicial que marcou o início da execução das penas representa um marco no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado no país, envolvendo figuras-chave do governo anterior.