Alcolumbre se opõe à indicação de Messias para o STF no Senado
Alcolumbre rejeita indicação de Messias ao STF

Confronto no Senado: Alcolumbre se opõe à indicação de Messias para o STF

O presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (União-AP), declarou a aliados que não apoiará a aprovação do ministro Jorge Messias para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação foi confirmada por parlamentares que mantiveram contato com o chefe do Legislativo nesta sexta-feira, 22 de novembro de 2025.

Ruptura política e falta de apoio

Alcolumbre tem sido enfático em suas conversas com outros senadores: "Não sou fiador", afirmou o presidente ao ser procurado para discutir o nome escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A vaga no STF foi aberta com a aposentadoria do ministro Luís Roberto Barroso, criando uma disputa política significativa no Congresso Nacional.

O chefe do Legislativo havia feito campanha pelo senador Rodrigo Pacheco para ocupar a posição na Corte Suprema, mas Lula optou por indicar Messias, atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU).

Crise nas relações políticas

O cenário de confronto se intensificou após Alcolumbre romper relações com Jaques Wagner, líder do governo Lula no Senado. A ruptura ocorreu depois que o presidente do Senado soube que o petista estaria espalhando informações sobre um suposto telefonema de Lula para Alcolumbre comunicando a indicação.

Segundo aliados do presidente do Senado, essa conversa telefônica nunca aconteceu, o que aumentou a tensão entre as lideranças governistas. Alcolumbre é conhecido por seu amplo apoio entre os senadores e já deixou claro que trabalhará contra a aprovação do indicado de Lula.

Peregrinação por votos e oposição organizada

A partir de agora, Jorge Messias iniciará uma peregrinação pelos gabinetes senatoriais em busca dos votos necessários para ser aprovado tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quanto no plenário da Casa.

A oposição já anunciou publicamente que trabalhará contra a confirmação de Messias e tentará angariar apoio de parlamentares de outros partidos que manifestam descontentamento com o atual governo petista. O processo de aprovação promete ser turbulento, com Alcolumbre usando sua influência para dificultar a vida do indicado presidencial.

O desgaste nas relações entre o Planalto e a presidência do Senado representa um desafio significativo para a governabilidade, especialmente em um momento que exige articulação política para avançar com a agenda governamental no Congresso Nacional.