
O plenário do Senado virou um barril de pólvora nesta semana. Pelo menos 70 requisições de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão empilhadas na mesa de Rodrigo Pacheco — e, adivinhem só, Alexandre de Moraes é o carro-chefe dessa enxurrada.
Parece brincadeira, mas não é. Desde janeiro, a cada semana chegam novos processos. Alguns mal redigidos, outros com firulas jurídicas que fariam um estagiário de direito corar. "É como jogar espaguete na parede pra ver qual gruda", comentou um assessor parlamentar sob condição de anonimato.
O alvo preferencial
Moraes, claro, lidera o ranking. Dos 70 pedidos, 42 miram especificamente o ministro — a maioria por decisões polêmicas nas investigações sobre ataques à democracia. Os críticos berram sobre "ativismo judicial", enquanto defensores aplaudem o que chamam de "linha dura contra extremismos".
E não para por aí. Outros nomes do STF também estão na berlinda:
- Gilmar Mendes: 12 pedidos
- Dias Toffoli: 8 pedidos
- Cármen Lúcia: 5 pedidos
O resto? Espalhado entre os demais ministros como se fosse rifa de quermesse.
E agora, Pacheco?
O presidente do Senado está entre a cruz e a espada. De um lado, a pressão de partidos aliados ao governo; de outro, o caldeirão fervendo nas redes sociais. "Ele sabe que abrir esse precedente é como soltar um gênio da lâmpada", confidenciou um senador do centrão.
Juristas ouvidos — aqueles que ainda não fugiram para as montanhas — divergem. Uns falam em "crise institucional sem precedentes"; outros torcem o nariz e dizem que "são só fogos de artifício baratos".
Enquanto isso, nos corredores do Congresso, o burburinho não para. Alguns deputados já ameaçam: se o Senado não agir, vão tentar um impeachment via Câmara. Será que vamos ver o STF no olho do furacão mais uma vez? Só o tempo — e talvez alguns acordos nos bastidores — dirão.