
O presidente Lula embarcou numa missão que vai muito além das fronteiras brasileiras. Roma, a Cidade Eterna, recebe nesta semana um encontro crucial para o futuro de milhões de pessoas que enfrentam a fome ao redor do mundo.
Parece que foi ontem — mas já se vão algumas décadas — que o Brasil era citado como caso de sucesso no combate à fome. Agora, diante de números que assustam qualquer ser humano com um pingo de consciência, Lula retoma o tema com a urgência que ele merece.
O que está em jogo nesta reunião?
Não se trata de mais um daqueles encontros diplomáticos cheios de discursos bonitos e pouca ação. A Aliança Global contra a Fome reúne líderes que realmente pretendem botar a mão na massa — ou melhor, colocar comida na mesa.
Os números são de cortar o coração: mais de 700 milhões de pessoas passam fome atualmente. É como se toda a população da Europa estivesse com o estômago vazio. Difícil até de imaginar, não é?
Agenda carregada em solo italiano
Além do encontro principal, a agenda do presidente está cheia de compromissos paralelos que mostram como o Brasil quer retomar seu protagonismo nessa área. Conversas bilaterais, reuniões técnicas e — quem sabe — até um café expresso entre um compromisso e outro.
Resta saber se essas conversas vão sair do papel. A fome não espera, e as crianças que dormem com dor na barriga precisam de mais do que promessas.
O contexto brasileiro
Enquanto discute soluções globais, Lula carrega na bagagem a realidade de um Brasil que viu a fome voltar com força nos últimos anos. É quase um paradoxo: como um país que alimenta o mundo ainda tem gente passando necessidade?
Talvez essa experiência mista — de sucesso passado e desafios presentes — seja justamente o que o Brasil tem a contribuir. Afinal, conhecemos os dois lados da moeda.
A viagem acontece num momento delicado da política internacional, com conflitos e mudanças climáticas ameaçando a produção de alimentos. Não é exagero dizer que o que for decidido em Roma pode definir o prato de milhões de pessoas nos próximos anos.
O mundo espera por ações concretas. E os estômagos vazios esperam ainda mais.