
A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) se posicionou firmemente contra o pedido de ruptura diplomática do Brasil com Israel, proposta que tem ganhado atenção nos últimos dias. Em nota oficial, a entidade classificou a medida como "precipitada e prejudicial" para as relações bilaterais e para a comunidade judaica no país.
Segundo a Fisesp, o rompimento das relações diplomáticas traria consequências graves não apenas no âmbito político, mas também no campo econômico, cultural e social. "Israel é um parceiro estratégico do Brasil em diversas áreas, incluindo tecnologia, saúde e segurança. Cortar esses laços seria um erro histórico", afirmou o presidente da federação.
O posicionamento da Fisesp surge em resposta a um movimento crescente no Congresso Nacional que defende a medida como forma de protesto contra as ações militares de Israel na Faixa de Gaza. No entanto, a federação argumenta que o diálogo, e não o isolamento, é o caminho mais eficaz para buscar a paz na região.
"A comunidade judaica brasileira, que sempre contribuiu para o desenvolvimento do país, se sente profundamente preocupada com essa proposta. Esperamos que o governo brasileiro mantenha sua tradição de diplomacia equilibrada e construtiva", completou o representante da entidade.
Especialistas em relações internacionais também alertam para os possíveis impactos negativos de uma eventual ruptura, que poderia isolar o Brasil no cenário global e afetar acordos comerciais importantes. O Itamaraty, por enquanto, não se manifestou oficialmente sobre o assunto.