O popular apresentador de televisão norte-americano Stephen Colbert surpreendeu o público ao comentar sobre uma possível candidatura à presidência dos Estados Unidos na próxima eleição, marcada para novembro de 2028. A declaração foi dada durante uma participação no podcast Slate Political Gabfest, motivada por inúmeros questionamentos de ouvintes sobre o tema.
Uma ideia que ganha força
Durante a conversa, Colbert adotou um tom que mesclava humor e seriedade. "Eu com certeza não deveria concorrer à presidência, mas eu entendo por que algumas pessoas gostariam disso", afirmou o comediante. Ele acrescentou que, para tomar uma decisão desse porte, precisaria consultar seu líder religioso e sua família. O apresentador ponderou se, após o fim de seu contrato com o Late Show em maio, poderia "servir de algo para esta nação que eu amo tanto".
O contexto do cancelamento e a sombra de Trump
A especulação sobre uma futura candidatura de Colbert ganhou ainda mais relevância devido aos recentes acontecimentos em sua carreira. Seu programa de entrevistas foi cancelado abruptamente pela emissora CBS em julho de 2025. A decisão gerou uma onda de críticas, especialmente porque ocorreu pouco depois de um acordo judicial entre a Paramount Global, controladora da CBS, e o ex-presidente Donald Trump.
Colbert, conhecido por suas críticas contundentes a Trump, teve seu programa encerrado no mesmo período em que a Paramount concordou em pagar US$ 16 milhões para encerrar um processo movido pelo republicano. Trump acusava a empresa de ter manipulado uma entrevista com sua adversária nas últimas eleições, a atual vice-presidente Kamala Harris. Muitos analistas e fãs do apresentador interpretaram o cancelamento como uma possível interferência política.
Reações e o futuro político
Donald Trump celebrou a demissão de Colbert publicamente. Em sua página na rede social Truth Social, na época do ocorrido, ele escreveu: "Eu absolutamente adorei que Colbert foi demitido". O cancelamento também aconteceu próximo ao momento em que o ex-presidente manifestou apoio à fusão entre a Skydance Media e a Paramount, alimentando ainda mais as teorias sobre motivações políticas por trás do fim do Late Show.
Embora suas declarações no podcast soem como uma reflexão inicial, elas abrem um novo capítulo na trajetória pública de Stephen Colbert. A ideia de um humorista e comentarista político ingressar na corrida presidencial não é inédita nos Estados Unidos, mas coloca Colbert em um cenário de especulação que deve perdurar até a definição dos pré-candidatos para 2028. Seu nome, agora associado a essa possibilidade, insere-se em um contexto de polarização e na discussão sobre o papel da mídia e do entretenimento na política americana.
