
O chanceler alemão, Olaf Scholz, não poupou palavras ao descrever o atual cenário das negociações de paz no mundo. "É como tentar montar um quebra-cabeça com peças de diferentes jogos", disparou, durante evento em Berlim nesta segunda-feira (19).
E não é pra menos. Segundo ele, os conflitos atuais têm camadas que nem mesmo os diplomatas mais experientes conseguem decifrar de primeira. Fatores econômicos, históricos mal resolvidos e até disputas por recursos naturais se misturam numa sopa indigesta que desafia os protocolos tradicionais.
O X da questão
Pra piorar — ou complicar, dependendo do ponto de vista —, cada país chega à mesa de negociações com sua própria régua. "Tem gente medindo em polegadas, outros em centímetros, e ninguém quer ceder", comparou Scholz, com aquela cara de quem já perdeu a conta de quantas xícaras de café tomou em reuniões intermináveis.
O que mais assusta? A velocidade das mudanças. Enquanto os diplomatas debatem cláusulas num documento, o mundo lá fora já virou outra página. É corrida contra o tempo, e o relógio não para.
E o Brasil nessa história?
Embora o discurso do chanceler não tenha citado nomes, analistas enxergam paralelos com a atuação brasileira em fóruns internacionais. O país, que já foi visto como ponte entre blocos, hoje enfrenta seus próprios dilemas para manter relevância nesse tabuleiro instável.
Uma coisa é certa: nesse jogo de xadrez global, até os cavalos estão aprendendo a andar em zigue-zague. E o preço de um movimento errado? Bem, ninguém quer descobrir na prática.