
O clima em Brasília tá mais tenso que fila de banco em dia de pagamento. E não é pra menos — hoje o STF vira palco de uma queda-de-braço que pode mexer no bolso de todo mundo.
O imposto sobre operações financeiras (aquele que a gente paga sem nem perceber) virou pomo da discórdia entre Planalto e parlamentares. A briga? Quem tem direito de alterar as alíquotas do IOF.
O que tá em jogo
O governo, claro, quer manter o controle nas próprias mãos — afinal, é grana que entra nos cofres públicos. Já o Congresso alega que mudança de tributo é matéria legislativa, ponto final.
E olha que a discussão não é de hoje. Desde 2021 o assunto tá emperrado, com decisões judiciais pra lá e pra cá. O ministro Gilmar Mendes, que tá conduzindo a conciliação, já deu sinais de cansaço: "Ou chegam a um acordo, ou o STF decide de vez".
E o consumidor?
Enquanto os figurões discutem, o cidadão comum fica no limbo. Dependendo do desfecho, podemos ver:
- Aumento nas taxas de empréstimos e financiamentos
- Mudanças no custo de operações com cartão no exterior
- Impacto direto no crédito — justo quando a economia começa a respirar
"É uma discussão técnica, mas com efeito prático na vida de todos", ressalta a economista Carla Duarte, que acompanha o caso desde o início. Ela lembra que o IOF representa cerca de 1,5% da arrecadação federal — não é brincadeira.
O jogo político por trás disso tudo? Complexo. De um lado, o governo precisa de flexibilidade para manobras econômicas. Do outro, congressistas querem marcar território no controle da máquina pública.
A audiência começa às 14h e promete fogo — tanto jurídico quanto político. Fiquem de olho, porque essa decisão vai ecoar bem além dos plenários de Brasília.