
Não é todo dia que uma comitiva de senadores pega um avião com tanta urgência. Mas a situação é séria — os Estados Unidos acabam de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, e o impacto pode ser devastador para nossa economia.
Imagine só: quase metade do valor dos produtos simplesmente evaporando nos portos americanos. Não é brincadeira. A delegação, liderada por ninguém menos que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, embarcou nesta semana numa missão quase diplomática.
O que está em jogo?
Segundo fontes próximas ao grupo, o objetivo é claro — "abrir um canal direto" com o Congresso americano e o Departamento de Comércio. Afinal, quando se trata de dinheiro, melhor conversar olho no olho.
- Aço brasileiro: um dos produtos mais afetados
- Peças automotivas: setor já sente o baque
- Produtos agrícolas: tem fazendeiro perdendo o sono
E não pense que é só reclamação. Os senadores levam na bagagem dados concretos sobre como essa medida pode prejudicar ambos os lados. Sim, porque comércio internacional é via de mão dupla — quando um espirra, o outro pode pegar um resfriado.
O timing não poderia ser pior
Enquanto o mundo se recupera da pandemia e da crise de suprimentos, medidas protecionistas assim são como jogar gasolina na fogueira. Alguns especialistas já falam em "guerra comercial disfarçada", embora oficialmente ninguém queira usar esse termo.
O que me faz pensar: será que os EUA estão usando o Brasil como peão num xadrez geopolítico maior? Difícil dizer, mas nossos parlamentares parecem determinados a mudar esse jogo.
Curiosamente, a delegação inclui tanto governistas quanto oposicionistas — prova de que, quando o assunto é defesa dos interesses nacionais, até políticos costumam deixar diferenças de lado. Ou pelo menos deveriam.