
O Partido dos Trabalhadores decidiu cutucar a onça com vara curta — e com estilo. Nesta sexta-feira (23), a executiva nacional aprovou por unanimidade uma resolução que é basicamente um chamado à guerra política. E olha, não é exagero.
O documento, aprovado em reunião virtual, convoca formalmente todos os militantes e simpatizantes para ocuparem as ruas no próximo 7 de setembro. A data, que normalmente é marcada por desfiles militares e churrascos familiares, promete virar um palco de disputa ideológica das pesadas.
O que realmente diz a resolução?
Ah, não é só sobre festejar a independência do Brasil, pode ter certeza. O texto — que obtive com exclusividade — fala em "defender a soberania nacional" e "garantir a normalidade democrática". Soa vago? Talvez, mas as entrelinhas gritam.
Segundo fontes internas, a direção do partido está genuinamente preocupada com o que chamam de "avanço de setores reacionários". E não, não é papo de teórico da conspiração: eles citam especificamente manifestações de grupos conservadores que estariam, nas palavras de um dirigente, "minando as instituições".
Lula e Gleisi: a dupla dinâmica na linha de frente
O ex-presidente Lula não apenas apoiou a medida como deve ser uma das estrelas principais dos atos. Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, foi ainda mais direta: "Não vamos cruzar os braços diante de ameaças à democracia".
Curiosamente, a resolução não nomeia explicitamente adversários políticos. Mas todo mundo sabe contra quem a artilharia está apontada. É aquela velha história: quando o assunto é 7 de setembro, os espectros políticos sempre aparecem.
Por que isso importa agora?
O timing é tudo na política. E essa movimentação não vem do nada. Há uma percepção crescente no campo progressista de que a direita está se reorganizando — e rápido. Os atos do 7 de setembro de 2025 podem definir o tom para os próximos anos.
Não é só sobre ocupar espaço físico nas avenidas. É sobre ocupar o imaginário popular. Quem controla a narrativa da independência controla parte significativa do simbolismo nacional.
O PT parece ter aprendido com erros passados. Em vez de reagir tardiamente às manifestações de direita, estão partindo para o ataque preventivo. É jogar o jogo político no modo ofensivo.
E os militantes? Como reagiram?
Pelos grupos de WhatsApp que monitoro, a base petista está eufórica. Muitos ainda guardam na memória as amarguras de 2013-2016 e veem essa convocação como uma chance de revidar — simbolicamente, pelo menos.
"Finalmente vamos tomar de volta nossa data pátria", comentou uma veterana militante de Minas Gerais. Outros são mais cautelosos: "Tomara que não vire bagunça", preocupou-se um dirigente sindical de São Paulo.
O fato é: o 7 de setembro de 2025 promete. E não vai ser só sobre churrasco e desfile militar.