Aliados do governo federal estão circulando um alerta nos bastidores do Congresso: se os parlamentares decidirem derrubar o decreto que altera as regras do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), as emendas orçamentárias podem ser congeladas.
Segundo fontes governistas ouvidas pelo G1, a retenção de recursos seria uma resposta à possível derrubada da medida, que foi editada pelo Palácio do Planalto sem aval prévio do Legislativo.
O que está em jogo?
O decreto em questão modifica a cobrança do IOF sobre operações de câmbio e crédito. A equipe econômica argumenta que a mudança é necessária para ajustar as contas públicas, mas parte do Congresso vê a medida como um excesso do Executivo.
Os principais pontos de conflito:
- O governo usou decreto para alterar tributo sem passar pelo Congresso
- Parlamentares consideram que isso fere a autonomia do Legislativo
- Aliados do Planalto ameaçam retaliar com o congelamento de emendas
Impacto nas negociações
Analistas políticos avaliam que o impasse pode dificultar ainda mais a relação entre o Executivo e o Legislativo, já bastante tensionada. O congelamento de emendas, se concretizado, afetaria diretamente a capacidade dos parlamentares de destinar recursos para seus redutos eleitorais.
"É um jogo de pressão que pode sair caro para ambos os lados", comentou um deputado governista que preferiu não se identificar.
