
Um gesto inesperado da cúpula do Exército Brasileiro chamou a atenção nesta semana. Generais da ativa e da reserva demonstraram publicamente apoio ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, após críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.
O episódio ocorreu durante uma cerimônia militar, onde oficiais de alta patente cumprimentaram Heleno com apertos de mão prolongados e olhares de cumplicidade. A cena foi interpretada como um recado claro ao Palácio do Planalto.
O contexto da crise
Nos últimos dias, Bolsonaro vinha aumentando o tom contra Heleno, responsabilizando-o por falhas na segurança durante os ataques de 8 de janeiro. O ministro, por sua vez, defendeu seu trabalho e recebeu o respaldo silencioso das Forças Armadas.
Possíveis desdobramentos
- Enfraquecimento da autoridade presidencial sobre os militares
- Aumento da tensão entre o Planalto e o GSI
- Risco de novas demissões no alto escalão do governo
Analistas políticos avaliam que o gesto dos generais pode representar um divisor de águas no governo, sinalizando que as Forças Armadas não estão dispostas a aceitar críticas públicas a seus membros mais graduados.