
As defesas do general Augusto Heleno e do ex-presidente Jair Bolsonaro estão adotando uma nova estratégia para enfrentar as acusações de participação em atos golpistas. Os advogados argumentam que não houve tentativa de ruptura democrática, mas sim um processo de "transição pacífica" após as eleições de 2022.
Os argumentos da defesa
Segundo fontes próximas aos processos, os advogados estão destacando três pontos principais:
- A ausência de ordens explícitas para intervenção militar
- As reuniões com autoridades eleitorais durante o período de transição
- O cumprimento do calendário eleitoral sem atrasos
Contradições na narrativa
Analistas políticos apontam falhas nessa argumentação:
- Gravações e mensagens mostram diálogos sobre possíveis medidas excepcionais
- O acampamento em frente ao Quartel General do Exército durou meses após a posse
- Documentos internos mencionam estratégias para contestar os resultados
Impacto no processo
Especialistas em direito constitucional avaliam que essa estratégia pode ter efeito limitado, já que o Ministério Público possui provas robustas sobre:
- Reuniões com conteúdo antidemocrático
- Planejamento de ações para pressionar instituições
- Falta de reconhecimento público dos resultados eleitorais
A próxima fase do processo deve analisar documentos internos do governo que podem contradizer a tese da transição pacífica.