Pesquisa Quaest: Aprovação ao Governo Lula empata com desaprovação pela 1ª vez em 2025
Aprovação de Lula empata com desaprovação, diz Quaest

E aí, o que será que o brasileiro está pensando sobre o governo atual? Pois bem, uma nova pesquisa do Instituto Quaest trouxe um dado que fez muitos levantar as sobrancelhas nesta terça-feira.

Pela primeira vez desde janeiro — olha só — a taxa de aprovação ao governo Lula voltou a empatar com a desaprovação. É como se aquele fôlego que vinha se esvaindo aos poucos tivesse encontrado um ponto de apoio, pelo menos por enquanto.

Os números que falam

O levantamento, realizado entre 4 e 7 de outubro, mostra que 33% dos entrevistados consideram o governo ótimo ou bom. Outros 33% avaliam como ruim ou péssimo. Os que consideram regular somam 32%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Parece pouco? Mas quando a gente olha para trás, a história muda. Em setembro, a desaprovação estava cinco pontos à frente — 35% contra 30%. Em agosto, a diferença era ainda maior: sete pontos. A coisa estava feia, mas deu uma segurada.

O que explica essa virada?

Bom, os especialistas apontam alguns fatores. A queda da inflação — aquela que aperta o bolso de todo mundo — parece ter dado um certo alívio. E tem mais: a percepção sobre o auxílio Brasil Gás e o aumento real do salário mínimo podem ter influenciado.

Mas calma lá, não é tudo flores. A economia continua sendo o calcanhar de Aquiles do governo. Para 44% dos entrevistados, é o problema mais importante do país. Desemprego e corrupção vêm logo atrás.

E tem uma coisinha curiosa: entre os que consideram o governo ruim ou péssimo, 64% citam justamente a economia como principal motivo. Ou seja, o bolso fala mais alto.

E o presidente, como fica?

A avaliação pessoal de Lula também deu uma respirada. A taxa de ótimo/bom subiu de 35% para 37%, enquanto a ruim/péssima caiu de 40% para 38%. Parece pouco, mas na política até um ponto percentual pode fazer diferença.

Mas tem um detalhe que não passa despercebido: entre os que desaprovam o governo, 58% dizem que essa posição é "definitiva". É como se dissessem: "Não tem volta".

Já entre os que aprovam, 44% afirmam que poderiam mudar de opinião. Uma certa instabilidade, não?

Olhando para os lados

A pesquisa também mediu a temperatura em relação a outros poderes. O Congresso Nacional tem 26% de aprovação — uma melhora de três pontos desde setembro. O Judiciário aparece com 35%, estável.

E os partidos políticos? Bem, a maioria dos brasileiros (55%) não se identifica com nenhum. Um dado que diz muito sobre o momento da política no país.

No fim das contas, o que essa pesquisa mostra é que o governo conseguiu estancar uma sangria, mas ainda está longe de comemorar. A economia segue como o grande desafio — e o brasileiro, como sempre, de olho aberto.