
A trajetória política de Aldo Rebelo é uma das mais curiosas do cenário brasileiro. Ex-membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), ex-deputado federal e ex-ministro, ele agora ganha destaque por atuar como testemunha de defesa em processos envolvendo bolsonaristas.
Mas quem é esse político que transitou de extremos ideológicos e deixou sua marca na cultura brasileira ao criar o Dia do Saci?
De comunista a defensor de bolsonaristas
Nascido em Viradouro (SP), Aldo Rebelo ingressou no PCdoB nos anos 1970, durante a ditadura militar. Foi deputado federal por cinco mandatos e ministro nos governos Lula e Dilma Rousseff, passando pelas pastas de Esportes, Ciência e Tecnologia, Defesa e Coordenação Política.
Em 2017, porém, deixou o partido após divergências internas. Desde então, aproximou-se de figuras do bolsonarismo e passou a defender causas conservadoras, surpreendendo antigos aliados.
O criador do Dia do Saci
Em 2005, como deputado, Rebelo foi o autor do projeto que instituiu o 31 de outubro como o Dia do Saci, uma forma de valorizar o folclore brasileiro em contraposição ao Halloween norte-americano.
A proposta, que começou como uma iniciativa cultural, hoje é vista com ironia por críticos que apontam a mudança ideológica do seu criador.
Atuação atual
Atualmente, Aldo Rebelo tem atuado como testemunha de defesa em processos contra bolsonaristas, incluindo o caso dos acampamentos em frente a quartéis após as eleições de 2022. Seu conhecimento político e jurídico tem sido utilizado para defender figuras alinhadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Essa nova fase de sua carreira política continua a surpreender analistas, que acompanham com atenção as reviravoltas de um dos personagens mais inusitados da política brasileira recente.