
Numa jogada que mistura diplomacia de alto nível e quase um senso de urgência tropical, o presidente Lula soltou o verbo nesta quinta-feira (22) e fez um apelo direto — quase um chamado à razão — para que os líderes dos países amazônicos não faltem à COP-30, que acontece em Belém no ano que vem.
E não foi um convite qualquer. Foi daqueles com peso político, emocional e, claro, ambiental. Algo como: "se a gente não se entender, quem vai pagar a conta é o planeta".
Por Que Belém é Tão Importante?
Pense bem: realizar uma conferência do clima no coração da Amazônia não é só simbólico. É estratégico, ousado e — por que não? — um pouco provocador. É colocar os olhos do mundo diretamente sobre a floresta enquanto se discute seu futuro.
Lula sabe disso. E quer que todos os países que compartilham esse bioma monumental estejam lá. De corpo, alma e, principalmente, com propostas concretas.
O Discurso por Trás das Câmeras
Numa fala que misturou tom firme e quase paternal, o presidente deixou claro que não se trata apenas de comparecer. É preciso participar, propor e assumir compromissos.
"Não adianta falar de Amazônia de longe", disparou, num recado que soou como puxão de orelha elegante, mas firme. "Tem que vir, tem que ver, tem que cheirar a floresta e assumir a responsabilidade junto."
Nada como um evento dentro da própria Amazônia para lembrar a todos — líderes, delegados, observadores — que aquela não é uma discussão abstrata. É sobre árvores, ar, água e gente. Muita gente.
E Os Países Vão Comparecer?
Ainda é cedo para cravar, é claro. Mas a convocação de Lula tem um peso a mais — afinal, o Brasil não é apenas anfitrião. É também o coração pulsante (e às vezes sangrando) da discussão amazônica global.
Vai ter representante de todos os nove países? A expectativa é que sim. Mas como toda boa negociação climática, até o último minuto tudo pode mudar.
Uma coisa é certa: se depender do empenho do Planalto, a presença será maciça. E Belém, que já é linda por natureza, vai se transformar no centro das atenções mundiais.
Restamos nós, de olho. Torcendo para que a reunião não vire só discurso. Mas que vire ação. Porque a Amazônia — ah, a Amazônia — já esperou demais.