
Parece que a COP30 está enfrentando uma tempestade perfeita — e não é das climáticas. Com apenas 80 dias separando nós do maior evento ambiental do planeta, a situação está, digamos, mais tensa que um café carregado de madrugada.
Apenas 30% dos países confirmaram presença. Três de cada dez! Você não acha isso assustadoramente baixo?
E agora a ONU joga a bomba: pediu formalmente ao Brasil que assuma parte substancial dos custos de hospedagem dos delegados internacionais em Belém. Sim, leu direito. O governo brasileiro, que já investiu rios de dinheiro na infraestrutura do evento, agora pode ter que abrir ainda mais os cofres.
O Desafio Logístico (e Político)
Belém não é Cancún, nem Paris. A infraestrutura hoteleira da capital paraense, embora melhorada, simplesmente não comporta uma invasão repentina de delegações internacionais. Os preços disparam, a disponibilidade some — e o clima esquenta, mas não do jeito que queremos.
O governo federal já garantiu bloquear mais de 4 mil leitos, mas a conta não fecha. A ONU, com um misto de diplomacia e desespero, apelou: "Brasil, precisamos de ajuda financeira concreta para evitar um fiasco".
- Traduzindo: sem dinheiro, sem delegações. Sem delegações, sem acordo. E sem acordo, olá, crise diplomática.
E Os Países? Onde Estão?
A baixa adesão internacional é um sinal amarelo — ou vermelho? — preocupante. Especula-se que fatores geopolíticos, custos de viagem e até a instabilidade política global estejam afastando os tradicionais "playeres" das discussões climáticas.
Além disso, convenhamos: voar até a Amazônia não é exatamente um passeio barato. E se hospedar lá então? Nem se fala.
O Itamaraty trabalha nos bastidores, pressionando, negociando, lembrando a todos da urgência climática. Mas, cá entre nós, o apelo moral tem limites quando a conta do hotel é salgada.
O Que Está Em Jogo?
Mais do que uma conferência, a COP30 é um teste. Um teste de credibilidade para o Brasil como anfitrião global, e um teste de compromisso real dos países com o futuro do planeta.
Se fracassar por questões logísticas — e não políticas — será uma ironia trágica. Imagina: o mundo não avança contra mudanças climáticas porque não conseguiu reservar quarto de hotel.
Parece piada, mas não é. O tempo está correndo, e o relógio climático não para.