Em um discurso que pode definir os rumos da política ambiental global, o vice-presidente Geraldo Alckmin fez uma declaração contundente sobre a necessidade de financiamento internacional para a preservação das florestas tropicais. Durante o anúncio da proposta brasileira para a COP30, o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços classificou a proteção desses biomas como "um dos maiores desafios do mundo moderno".
O papel crucial das florestas tropicais
Alckmin destacou que as florestas tropicais exercem funções essenciais para o equilíbrio do planeta, indo muito além de simplesmente armazenar carbono. Segundo o vice-presidente, esses ecossistemas são fundamentais para:
- Regular o clima global
- Manter a biodiversidade planetária
- Garantir a segurança hídrica
- Preservar culturas tradicionais
Belém como palco das decisões ambientais
A escolha de Belém como sede da COP30 em 2025 não foi aleatória. A cidade representa o portal de entrada para a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo. Alckmin enfatizou que "o mundo precisa entender que proteger as florestas é investir no futuro da humanidade".
O vice-presidente argumentou que os países desenvolvidos, principais emissores históricos de gases de efeito estufa, têm responsabilidade compartilhada no financiamento da preservação ambiental nos países em desenvolvimento.
Um novo modelo de desenvolvimento
Alckmin defendeu que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental. Ele citou iniciativas bem-sucedidas no Brasil que demonstram como a bioeconomia pode gerar riqueza mantendo a floresta em pé.
"Precisamos de um pacto global onde todos assumam suas responsabilidades", afirmou o ministro, destacando que a COP30 será uma oportunidade histórica para estabelecer mecanismos financeiros concretos que beneficiem tanto as populações locais quanto o planeta como um todo.
O anúncio ocorre em um momento crucial, quando o mundo busca soluções efetivas para conter o avanço das mudanças climáticas e cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Paris.