Deputado Lucas Bové escapa da cassação: processo por agressão a Cíntia Chagas é arquivado pela Justiça
Deputado Lucas Bové escapa de cassação por agressão

Eis que a poeira começa a baixar — mas a polêmica, ah, essa parece longe de terminar. Numa decisão que já está dando o que falar nos corredores da Assembleia Legislativa da Bahia, o pedido de cassação do deputado Lucas Bové foi simplesmente arquivado. Sim, você leu direito: arquivado.

O caso todo remonta àquela confusão com a servidora pública Cíntia Chagas, que rolou durante as comemorações do aniversário de Itabuna. Na época, a coisa ficou feia, muito feia. Videos circularam, testemunhas falaram, e a impressão que ficou foi que o deputado tinha realmente passou dos limites.

Mas a Justiça — sempre ela — viu as coisas por outro ângulo. Depois de analisar um calhamaço de documentos e provas, a conclusão foi que não havia indícios suficientes para prosseguir com o processo de cassação. Uma decisão técnica, dizem alguns. Uma injustiça gritante, gritam outros.

O outro lado da moeda

É claro que a defesa do deputado comemorou a decisão como se fosse título de campeonato. Eles sempre mantiveram que as acusações eram exageradas, que tudo não passava de um mal-entendido amplificado pela comoção nas redes sociais. Agora, se sentem vindicados.

Mas e a Cíntia? Bom, essa parte da história segue em aberto. A servidora manteve sua versão dos fatos desde o primeiro momento, e dificilmente vai considerar o arquivamento como uma vitória da justiça.

O caso levanta questões que vão muito além deste episódio específico. Até onde vai a imunidade parlamentar? O que constitui realmente uma violação do decoro? São perguntas que a sociedade baiana vai continuar fazendo — com ou sem resposta.

Enquanto isso, Bové segue com seu mandato intacto. Mas algo me diz que essa história ainda vai ecoar por muito tempo na política baiana. A poeira pode até baixar, mas as marcas ficam.