Anderson Torres vai a julgamento no STF: acusações de omissão como ministro e secretário de segurança
Anderson Torres vai a julgamento no STF por omissões

Eis que o Supremo Tribunal Federal decide mais um capítulo dessa novela que já dura meses. Anderson Torres, aquele que já ocupou a cadeira de ministro da Justiça e também a secretaria de Segurança do Distrito Federal, vai mesmo encarar o banco dos réus.

Não é brincadeira não. O cara tá respondendo por uma enxurrada de acusações – e olha que a lista não é pequena. O ministro Dias Toffoli, diga-se de passagem, foi categórico: negou o pedido de suspensão do processo. Ou seja, o julgamento segue firme e forte.

O que pesa contra ele?

Puxa vida, de onde começar? A Procuradoria-Geral da República jogou pesado. Eles alegam, com todas as letras, que Torres agiu – ou melhor, deixou de agir – de forma intencional durante aqueles eventos caóticos de 8 de janeiro. Lembra daquela baderna toda em Brasília? Pois é.

As acusações são sérias pra chuchu. Ele é acusado de omissão, claro, mas também de suposta associação criminosa e até de envolvimento em um suposto golpe de estado. A coisa tá feia, e o procurador-geral, Paulo Gonet, não poupou palavras. Para ele, Torres sabia muito bem do que estava acontecendo e, pasme, simplesmente optou por não fazer nada para impedir.

E as defesas? O que ele alega?

Ah, a defesa do ex-ministro não ficou parada. Eles tentaram de tudo, argumentando que já existia um habeas corpus em andamento no Superior Tribunal de Justiça. A tese? Que isso aqui seria uma verdadeira via-crúcis, um julgamento em duplicata. Só que Toffoli não comprou a ideia. Para ele, os processos são completamente diferentes, tratam de fatos distintos e, portanto, não há nenhum problema em seguir com o julgamento no STF.

Não é de hoje que Torres está na mira da Justiça. O homem já foi até preso preventivamente, sabia? Tudo porque, na época em que era secretário de Segurança do DF, decidiu tirar férias – justamente no período que antecedeu a invasão dos três Poderes. Conveniente, não?

E tem mais: na casa dele, a Polícia Federal encontrou um rascunho de um decreto. Um decreto! Que, pasmem, sugeria intervenção federal no próprio TSE, o Tribunal Superior Eleitoral. O documento era uma bomba-relógio, cheio de irregularidades e, pasme, sem qualquer valor legal. Mas estava lá, na casa dele.

O julgamento no Supremo promete ser acalorado. E, convenhamos, é mais um daqueles casos que vai marcar a história recente do país. Todo mundo de olho, é claro.