O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de usar as negociações de paz como uma estratégia para ganhar tempo e reforçar suas posições militares no conflito que já dura mais de dois anos. Em discurso recente, Zelensky afirmou que o governo russo não demonstra interesse genuíno em resolver a guerra, mas sim em prolongá-la para desgastar as forças ucranianas.
"Eles não querem paz, querem cansaço", declarou Zelensky, destacando que as tropas russas continuam avançando em várias frentes, apesar dos diálogos diplomáticos. Segundo ele, a Rússia está aproveitando o período de negociações para reposicionar soldados e equipamentos, aumentando a pressão sobre cidades estratégicas.
Contexto do conflito
A guerra na Ucrânia começou em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu o país vizinho sob a justificativa de "desnazificação" e proteção de populações russófonas. Desde então, milhares de civis morreram e milhões foram deslocados, em um dos conflitos mais devastadores da Europa nas últimas décadas.
As negociações de paz, mediadas por países como Turquia e China, têm sido marcadas por avanços e retrocessos. Enquanto a Ucrânia exige a retirada total das tropas russas de seu território, a Rússia insiste em manter o controle sobre regiões anexadas, como Crimeia e partes do Donbas.
Repercussão internacional
A comunidade global tem pressionado por uma solução diplomática, mas as acusações de Zelensky reacenderam o debate sobre a real intenção do Kremlin. Analistas apontam que a estratégia russa pode estar focada em esgotar os recursos ucranianos e a paciência de seus aliados ocidentais.
Enquanto isso, os EUA e a União Europeia prometem continuar fornecendo armas e apoio financeiro à Ucrânia. "Não podemos permitir que a Rússia vença pelo cansaço", disse um porta-voz da OTAN em resposta às declarações de Zelensky.
