Parece que todo dia surge um novo pesadelo para nos tirar o sossego, não é mesmo? Dessa vez, o alvo foi um dos maiores prazeres do brasileiro: nosso querido cafezinho.
Anda circulando por aí — principalmente no WhatsApp e em grupos de família — uma mensagem que dá até frio na espinha. Alguém resolveu espalhar que vários lotes de café estariam contaminados com metanol, uma substância que, em quantidades erradas, pode fazer um estrago danado no organismo.
A verdade que ninguém conta
Mas calma lá! Antes de você jogar seu pote de café fora, vamos respirar fundo. A história é completamente falsa. Isso mesmo — é fake news da grossa. O time do Fato ou Fake, do G1, foi atrás dessa informação e descobriu que não existe nenhum fundamento nesse boato.
Nenhum órgão de vigilância sanitária, seja Anvisa ou aqueles estaduais, emitiu qualquer tipo de alerta sobre contaminação em café. Nem recall, nem nota técnica, nada. A mensagem que viralizou não cita fontes, não tem data, não menciona marcas específicas — é daquelas vagas que só servem mesmo para causar pânico.
Por que alguém inventaria isso?
Boa pergunta, né? As motivações por trás das fake news são das mais variadas — algumas maliciosas, outras só por pura falta do que fazer. O que importa é que o resultado é sempre o mesmo: gente assustada sem necessidade.
O metanol é mesmo perigoso, isso é verdade. Mas a ideia de que estaria contaminando nosso café é completamente absurda. É como achar que tem veneno na água que a gente bebe — possível, mas extremamente improvável dado todo o controle que existe.
E olha, não é de hoje que esse tipo de boato aparece. Lembram da tal mamadeira que nunca existiu? Pois é.
Como se proteger dessas mentiras?
- Desconfie de mensagens alarmistas — se a notícia parece grande demais para ser verdade, provavelmente não é
- Cheque a fonte — órgãos oficiais sempre emitem comunicados quando há riscos reais à saúde
- Não compartilhe sem confirmar — espalhar desinformação, mesmo sem querer, só piora o problema
- Procure sites de fact-checking — como o próprio Fato ou Fake, que investigam essas histórias
No fim das contas, o que mais preocupa não é o suposto metanol, mas sim o veneno da desinformação que corrói nossa capacidade de discernir o real do imaginário. E convenhamos — num país que praticamente corre nas veias com café, inventar uma história dessas é brincar com fogo.
Então pode preparar seu café tranquilo. A única coisa que deve estar amarga é a intenção de quem criou esse boato.
