Operação Sem Desconto da PF desmonta esquema milionário no INSS
A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira uma grande operação contra um esquema de corrupção que envolvia servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). As buscas e apreensões resultaram na descoberta de valores em espécie e bens de luxo que surpreenderam os investigadores.
Durante as ações, os agentes federais encontraram nos endereços dos investigados R$ 720.000 em dinheiro vivo e US$ 72.000 (equivalente a aproximadamente R$ 360 mil na cotação atual). A quantia em dólares estava espalhada pelas residências dos envolvidos, indicando possível sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Fortuna em bens de luxo apreendida
Além do dinheiro em espécie, a operação resultou na apreensão de uma verdadeira coleção de itens de luxo que chamou a atenção pelo volume e valor. Entre os bens confiscados estão:
- 23 relógios de luxo de marcas internacionais
- 106 peças de joias, incluindo anéis, colares e pulseiras
- 43 veículos de alto padrão
- 57 celulares de última geração
- 8 armas de fogo com 314 munições
Os investigadores também apreenderam equipamentos eletrônicos que poderão conter provas importantes para as investigações, incluindo 5 computadores, 21 notebooks, 4 tablets, 2 smartwatches, 7 HDs e 8 pen drives.
Ex-presidente do INSS entre os presos
A operação, batizada de "Sem Desconto - 4ª Fase", prendeu temporariamente o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto e outros alvos que teriam participado ativamente do esquema criminoso. Segundo as investigações, os envolvidos recebiam propinas milionárias em troca de conceder descontos ilegais em aposentadorias e benefícios previdenciários.
O esquema funcionava através da manipulação de processos administrativos no interior do INSS, onde servidores corruptos adulteravam valores de benefícios em troca de pagamentos ilícitos. As propinas chegavam a valores exorbitantes, explicando a fortuna encontrada com os investigados.
A Polícia Federal divulgou oficialmente os resultados das buscas nesta sexta-feira, dia 14 de novembro de 2025, destacando que esta é a quarta fase da operação que investiga corrupção no sistema previdenciário brasileiro. As investigações continuam e novas fases da operação podem ser deflagradas nos próximos meses.
O caso já está sendo tratado como um dos maiores escândalos de corrupção no serviço público dos últimos anos, evidenciando a necessidade de maior controle e transparência nas operações do INSS que afetam diretamente milhões de aposentados e pensionistas em todo o país.
