Prefeito de Manaus tem 7 investigações por viagens ao Caribe e contratos
David Almeida: 7 investigações por viagens e contratos

Prefeito de Manaus é alvo de sete investigações criminais

O prefeito de Manaus, David Almeida, do Avante, tornou-se alvo de sete investigações criminais autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Amazonas. As apurações, solicitadas pelo Ministério Público do Amazonas, envolvem graves acusações de corrupção, fraude em licitações e favorecimento de familiares e empresários através de contratos públicos.

Viagens luxuosas e contratos familiares sob investigação

Entre os casos mais emblemáticos estão as viagens do casal prefeito ao Caribe. As investigações buscam determinar se as despesas dessas viagens foram custeadas por empresários que mantêm contratos milionários com a Prefeitura de Manaus. Em uma das viagens, a primeira-dama Izabelle Almeida foi filmada em festa com champanhe em um clube de luxo na ilha de São Martinho, acompanhada de empresários com vínculos contratuais com o município.

Outro ponto crucial da investigação envolve pagamentos mensais de R$ 20 mil à sogra do prefeito, Lidiane Oliveira Fontenelle, realizados por uma empresa contratada pela administração municipal. O MP-AM apura se esses pagamentos configuram favorecimento familiar através de recursos públicos.

Demora processual e posicionamento da Prefeitura

As investigações enfrentaram significativa demora para serem autorizadas. Por conta do foro privilegiado do prefeito, o caso passou por cinco relatorias diferentes em 13 meses no TJAM, até ser assumido pela desembargadora Vânia Marques Marinho.

Em nota oficial, a Prefeitura de Manaus afirmou que não foi notificada sobre as investigações e defendeu as viagens do prefeito, alegando que são custeadas com recursos próprios. A administração municipal também garantiu que todas as contratações seguem rigorosamente a legislação e que documentos comprobatórios já foram enviados ao Tribunal de Contas do Estado.

Dentre as sete investigações autorizadas, uma já foi arquivada a pedido do próprio Ministério Público. As demais continuam em andamento, incluindo apurações sobre peculato, corrupção passiva e fraudes em processos licitatórios.