Zelensky deseja morte de Putin em mensagem de Natal; Kremlin reage
Zelensky insinua morte de Putin; Rússia critica

Em uma mensagem de Natal dirigida aos ucranianos, o presidente Volodymyr Zelensky fez uma declaração que gerou forte reação internacional. Sem citar nomes, ele insinuou o desejo de morte do líder russo Vladimir Putin, em meio ao conflito que já dura quase três anos.

Declaração polêmica na véspera de Natal

A mensagem foi veiculada na televisão na noite de 24 de dezembro de 2025, véspera do Natal celebrado no calendário gregoriano. Zelensky afirmou que todos os ucranianos compartilham um mesmo sonho. "'Que ele morra', cada um de nós poderia pensar consigo mesmo", disse o mandatário, em referência clara ao presidente russo.

No entanto, Zelensky rapidamente direcionou o foco para um pedido de paz. Ele destacou que, ao se dirigir a Deus, o povo ucraniano pede "algo maior: a paz para a Ucrânia". O presidente enfatizou a resistência do país, afirmando que a Rússia "não é capaz de ocupar ou bombardear aquilo que mais importa: nosso coração ucraniano, nossa confiança e nossa união".

Resposta imediata do Kremlin

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não demorou a reagir às declarações do líder ucraniano. Em comunicado à imprensa, Peskov classificou as falas como "mal-educadas e funestas".

Além disso, o representante do governo russo levantou sérias dúvidas sobre a capacidade de Zelensky de tomar decisões que levem a uma solução pacífica para o conflito. A reação de Moscou reflete a tensão contínua entre as duas nações, mesmo em uma data tradicionalmente associada à paz e à reconciliação.

Contexto do Natal ucraniano

Vale destacar que este foi o terceiro Natal celebrado pela Ucrânia em 25 de dezembro, seguindo o calendário ocidental. O país abandonou oficialmente o calendário juliano, utilizado pela Igreja Ortodoxa Russa e por outras igrejas ortodoxas, que celebra o nascimento de Cristo em 7 de janeiro.

Essa mudança calendárica, adotada após o início da guerra, é vista também como um movimento simbólico de afastamento da esfera de influência cultural russa e uma aproximação com o Ocidente.

As declarações de Zelensky, em uma data tão significativa, e a resposta dura do Kremlin indicam que as perspectivas para um diálogo de paz no curto prazo permanecem distantes, aprofundando ainda mais o abismo entre os dois lados do conflito.