Gaza em chamas: ataques israelenses perto de zonas humanitárias deixam 32 mortos, segundo Defesa Civil
Ataques em Gaza deixam 32 mortos perto de zonas humanitárias

O que era pra ser um refúgio virou alvo. Nesta sexta-feira (19), bombardeios israelenses atingiram áreas próximas a centros de assistência humanitária na Faixa de Gaza, deixando um rastro de destruição que, segundo a Defesa Civil local, custou a vida de pelo menos 32 pessoas. O barulho dos aviões ainda ecoa, mas o silêncio dos que não sobreviveram é ensurdecedor.

Testemunhas relatam cenas dantescas — corpos sendo retirados dos escombros, ambulâncias que não conseguem chegar, crianças chorando sem entender por que o mundo desabou sobre suas cabeças. "Parecia o fim dos tempos", desabafa um socorrista que pede para não ser identificado, enquanto tirava poeira dos olhos. Literalmente.

Onde a ajuda humanitária vira risco de vida

Os ataques, segundo fontes locais, aconteceram num raio de menos de 200 metros de abrigos improvisados onde famílias inteiras se amontoam há meses. Ironia cruel: quanto mais perto dos pontos de distribuição de comida e remédios, mais perigoso ficou o território. Algo que desafia qualquer lógica de guerra, se é que guerra tem lógica.

  • Vítimas incluem 15 mulheres e 8 crianças
  • Dois centros de saúde secundários foram danificados
  • Equipes de resgate trabalham com equipamentos precários

Enquanto isso, do outro lado da fronteira, o governo israelense alega que os alvos eram "posições estratégicas do Hamas". Mas os números contam outra história — a de civis que viraram estatística num conflito que não escolhe lados, só ceifa vidas.

O grito que ninguém ouve

Numa das cenas mais chocantes, um menino de não mais que 7 anos — idade que deveria ser de cadernos e brincadeiras — carregava os restos do que um dia foi seu cachorro. "Ele não latia muito", disse, como se isso justificasse algo. Não justifica. Nada justifica.

Enquanto a comunidade internacional debate protocolos em salas refrigeradas, no chão de Gaza o termômetro marca 38°C e a temperatura humana está no zero absoluto. Resta saber quantas vidas cabem num comunicado de "profunda preocupação".