
O clima em Brasília estava pesado essa semana, mas nem tanto quanto a agenda do deputado Paulinho da Força. Enquanto muitos reclamam do calor, ele estava lá, fechado em reuniões que podem mudar a vida de milhares de trabalhadores. Parece exagero? Talvez não.
Na tarde de quarta-feira, algo importante aconteceu nos corredores do poder. Paulinho, aquele mesmo que nunca foge da briga, sentou-se com ninguém menos que Sílvio Costa Filho, o ministro de Portos e Aeroportos. E não era conversa fiada não.
O que está em jogo?
O tal do PL 5.887/2019, que anda emperrado no Congresso como carro em dia de chuva. A proposta? Regular o uso dos dosímetros de ruído no transporte coletivo. Parece técnico demais? É aí que mora o perigo.
Imagine você, motorista de ônibus ou caminhoneiro, exposto dia após dia a níveis de barulho que, francamente, não fazem bem pra ninguém. A saúde vai embora sem fazer alarde. E é justamente isso que eles querem evitar.
O ministro, sabe como é, veio com todo o gás. Garantiu que o governo está comprometido com a causa - e não é só conversa. Ele mesmo disse que vai articular com outros ministérios, inclusive com a Casa Civil. Quando a coisa chega nesse nível, é porque a parada é séria.
Os bastidores que poucos veem
O que me chamou atenção foi o tom da conversa. Não era aquela formalidade chata de sempre. Paulinho, com sua experiência de quem já viu de tudo nessa vida, trouxe à tona um ponto crucial: a necessidade de equilibrar a proteção aos trabalhadores com a realidade das empresas.
Não adianta criar uma lei tão rígida que ninguém consegue cumprir, né? Mas também não dá pra ficar nesse lenga-lenga que já dura anos.
E olha só que interessante: o ministro não apenas ouviu, como entrou no jogo. Comprometeu-se a formar uma força-tarefa com os ministérios da Saúde e do Trabalho. Isso sim é trabalho em equipe!
E agora, o que esperar?
Bom, se depender do empenho dos envolvidos, a coisa promete. Paulinho saiu otimista da reunião - e quando ele fica otimista, geralmente é bom sinal.
O próximo passo? Articular com a base do governo e com os partidos da oposição. Porque no Congresso, como bem sabemos, não basta ter razão - tem que ter votos.
Enquanto isso, milhões de trabalhadores seguem na labuta diária, aguardando que essa história toda saia do papel. Torcemos para que dessa vez seja diferente. Afinal, saúde não é detalhe - é essencial.
O que me pergunto é: será que finalmente vamos ver esse projeto andar? Pelos sinais, parece que sim. Mas em Brasília, como no futebol, só comemora quem vê o gol.