Presidente troca navio da Marinha por iate de luxo durante conferência climática
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no centro de uma polêmica envolvendo suas acomodações durante a COP30 em Belém. Segundo informações divulgadas, o mandatário rejeitou a hospedagem em um navio da Marinha e optou por ficar hospedado com sua comitiva em um iate com serviço de hotelaria cinco estrelas.
A decisão chamou atenção especialmente porque Lula havia anunciado anteriormente que não queria luxo durante a conferência climática. No entanto, a realidade mostrou-se diferente das declarações iniciais.
Valores questionados e falta de transparência
O Planalto divulgou que a diária no iate custa 2.700 reais por pessoa, valor que, segundo empresários do setor hoteleiro em Belém, está muito acima do praticado no mercado local. O contrato de fretamento do barco foi colocado em sigilo pelo governo federal, levantando questionamentos sobre a transparência dos gastos públicos.
Os custos logísticos também impressionam: apenas o combustível para trazer o iate de Manaus até Belém - uma distância de aproximadamente 1.600 quilômetros - já representaria desafios contratuais significativos, de acordo com especialistas ouvidos.
Contraste entre discurso e realidade
Enquanto participa de uma conferência sobre mudanças climáticas, o presidente ainda não tomou um banho de rio nem conseguiu pescar, segundo relatos de auxiliares que acompanham sua estadia em Belém, onde já está há quase uma semana.
A escolha pelo iate de luxo, alugado com dinheiro público através de um negócio mantido em sigilo, tem intrigado empresários do ramo na capital paraense e levantado críticas sobre o alinhamento entre o discurso presidencial e suas ações práticas durante a COP30.