
Imagina só: um dia comum de trabalho, revirando aqueles livros antigos que quase ninguém mexe, e de repente... uma surpresa que mudou tudo. Foi mais ou menos assim que a Maria Clara, estagiária de 22 anos do Museu Regional do Sul de Minas, viveu sua pequena revolução particular na última terça-feira.
Ela fazia aquela catalogação de rotina - sabe como é, trabalho de formiguinha - quando um volume encadernado em couro chamou sua atenção. Não era exatamente o livro em si, mas algo que estava dentro dele, escondido entre as páginas amareladas pelo tempo.
E não era qualquer coisa.
Um envelope amarelecido, ainda intacto. Dentro, várias folhas de papel timbrado datilografadas - sim, datilografadas! - com a assinatura inconfundível de ninguém menos que Juscelino Kubitschek. O documento? De 1975, apenas um ano antes da morte do ex-presidente.
"No começo eu nem acreditei", confessou Maria Clara, ainda visivelmente emocionada. "Pensei: não pode ser real. Mas ali estava, com a letra dele, o papel da época... foi de cair o queixo!".
O que a carta revela?
O conteúdo? Bem, os especialistas ainda estão analisando cada vírgula, mas já adiantam: são reflexões profundas sobre o Brasil, desenvolvimento nacional e, pasmem, considerações sobre o futuro do país que soam quase proféticas. JK sempre teve essa visão à frente do tempo, não é mesmo?
O professor Antônio Costa, historiador responsável pela análise do documento, não esconde o entusiasmo: "Encontrar algo assim é como achar uma agulha no palheiro. E que agulha! São insights pessoais, escritos num momento crucial da nossa história".
Como foi parar lá?
A grande questão que todo mundo se faz: como raios uma carta dessas foi parar dentro de um livro num museu do interior mineiro? Bom, a teoria mais plausível é que alguém - talvez um colecionador ou mesmo algum conhecido de JK - escondeu o documento para protegê-lo durante os anos mais duros da ditadura.
E funcionou. Ficou ali, quietinho, esperando quase cinquenta anos para ser descoberto.
O museu já está preparando uma exposição especial só para exibir a preciosidade. Vai ser coisa rápida, porque o documento precisa de cuidados especiais de conservação - afinal, papel velho é frágil como vidro.
Enquanto isso, Maria Clara virou uma espécie de celebridade local. "Nunca imaginei que encontraria algo assim", diz ela, ainda meio atordoada. "É como tocar a história com as próprias mãos".
E pensar que tudo começou com uma simples tarefa de estágio... Quem diria que revirar livros velhos poderia render uma descoberta que entraria para os livros de história?