
Parece que finalmente chegou uma daquelas notícias que a gente espera há tempos. A Universidade Federal de Roraima (UFRR) está abrindo as portas — e que portas! — para comunidades indígenas com 140 vagas em cursos de graduação. Uma iniciativa que, convenhamos, era mais do que necessária.
As inscrições rolam a partir do dia 14 de outubro e vão até 8 de novembro. E olha só: são 13 cursos diferentes, cada um com 10 vagas específicas para indígenas. A lista é diversa — tem desde Administração até Engenharia Florestal, passando por Ciências Sociais e Letras. Algo para praticamente todo mundo.
Como Funciona na Prática?
O processo seletivo é bem direto, mas tem suas particularidades. Os candidatos vão fazer uma prova objetiva no dia 24 de novembro, com questões de múltipla escolha cobrando Português e Matemática. O que me faz pensar: será que a matemática indígena tradicional será valorizada de alguma forma?
Ah, e tem mais — bem importante, diga-se de passagem. Os selecionados terão direito à moradia estudantil e auxílio alimentação. Detalhe que faz toda diferença para quem vem de comunidades distantes, não é mesmo?
Documentação: Fique Atento!
Para se inscrever, é preciso apresentar alguns documentos específicos. Além do RG e CPF, os candidatos precisam comprovar sua condição indígena através de:
- Declaração da liderança comunitária
- Ou certidão de nascimento indicando a etnia
- Ou documento da Funai
- Ou, ainda, autodeclaração com assinatura de duas testemunhas
Parece burocrático? Talvez. Mas é uma forma de garantir que as vagas cheguem realmente a quem precisa.
Por Que Isso Importa?
Roraima tem uma população indígena significativa — cerca de 100 mil pessoas, segundo dados oficiais. Mas quantas conseguem acesso ao ensino superior? A pergunta fica no ar. Programas como esse não são apenas sobre educação; são sobre representatividade, sobre dar voz a quem historicamente foi silenciado.
E tem um detalhe curioso: as aulas começam no primeiro semestre de 2026. Ou seja, ainda dá tempo de se preparar — e de espalhar a notícia para quem possa se interessar.
No fim das contas, iniciativas como essa mostram que a universidade pública pode — e deve — ser um espaço de todos. Resta torcer para que mais instituições sigam o exemplo. Que venham outras 140 vagas, e outras, e outras...