UFS sofre cortes orçamentários há 10 anos e fica sem emendas coletivas
Cortes no orçamento da UFS e falta de emendas coletivas

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) enfrenta um cenário de restrições financeiras após uma década de reduções nos repasses do governo federal. Além disso, a instituição de ensino superior não foi beneficiada por emendas parlamentares coletivas propostas pelos deputados federais e senadores que representam o estado de Sergipe no Congresso Nacional.

Preocupação dos sindicatos e posição da reitoria

A situação financeira da universidade tem gerado alerta entre as entidades representativas dos trabalhadores. Os presidentes do Sindicato dos Professores e do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFS manifestaram publicamente sua preocupação com os impactos dos cortes.

Eles chegaram a levantar a possibilidade de que uma parte dos novos estudantes de mestrado e doutorado pudesse ficar sem o recebimento de bolsas de estudo, devido ao contingenciamento de recursos.

Reitor nega crise pontual e cobre emendas individuais

Em contraponto às apreensões sindicais, o reitor da Universidade Federal de Sergipe, André Maurício Souza, apresentou uma visão diferente. Ele afirmou que não existe uma crise pontual na UFS e buscou acalmar os ânimos.

Segundo o reitor, mesmo não sendo contemplada com as emendas coletivas, a universidade tem recebido emendas individuais de parlamentares, que compensariam a perda orçamentária dos últimos anos. André Maurício Souza também negou que haja risco iminente para as bolsas de pós-graduação.

Investimentos futuros estão garantidos, diz gestão

A administração da UFS assegurou que os planos para os próximos anos permanecem intactos. O reitor declarou que os investimentos atualmente em andamento e os projetos previstos para 2026 não serão afetados pela atual conjuntura orçamentária.

A afirmação busca transmitir segurança sobre a continuidade das obras e dos programas acadêmicos, mesmo diante do histórico de cortes que se estende por dez anos. O campus da universidade, localizado em São Cristóvão, segue suas atividades enquanto a discussão sobre o financiamento do ensino público federal permanece em pauta.