Caso de violência escolar choca comunidade de Praia Grande
Um menino de apenas 6 anos foi vítima de suposta agressão por parte de uma professora na Escola Municipal Natale de Lucca, localizada no bairro Quietude, em Praia Grande, litoral de São Paulo. O ocorrido, que aconteceu na sexta-feira (14), deixou a família em estado de revolta e indignação.
Relato da mãe e versão dos fatos
A autônoma Cristiane da Silva, de 43 anos, mãe do menor, contou que descobriu a agressão quando o filho chegou em casa apresentando hematomas no rosto. Segundo seu relato, a criança teria sido atingida por uma pá de lixo arremessada pela educadora.
"Não tenho nada contra a escola, só que não tem motivo para a professora fazer isso né? De agredir uma criança", desabafou Cristiane em entrevista.
De acordo com o depoimento do menino à mãe, ele estava subindo na lousa quando a professora teria atirado o objeto contra ele. Além disso, a criança relatou que foi sacudida e colocada virada para a parede em um canto da sala como forma de castigo.
Investigação e versões contraditórias
Ao tomar conhecimento do ocorrido, Cristiane foi até a escola buscar explicações, mas não encontrou a diretora no primeiro momento. No dia seguinte, tentou registrar um boletim de ocorrência, porém foi orientada a retornar durante a semana.
Na segunda-feira (17), a mãe finalmente conversou com a diretora da instituição e soube que a professora envolvida apresentou uma versão completamente diferente dos fatos. A educadora alegou que o menino estava correndo na sala e teria batido com o rosto na lousa.
Entretanto, dois colegas de classe confirmaram para Cristiane a versão apresentada por seu filho, fortalecendo a narrativa da agressão com a pá de lixo.
Reação da prefeitura e preocupações com segurança escolar
Em nota oficial, a Prefeitura de Praia Grande informou que apura os fatos junto à unidade de ensino e que, caso seja constatada conduta inadequada, serão tomadas as providências necessárias.
Cristiane expressou sua profunda preocupação com a segurança das crianças dentro do ambiente escolar: "A gente coloca a criança dentro de uma escola, de uma creche para ficar o dia inteiro, a gente acha que vai ter segurança e não está tendo porque os próprios professores estão agredindo, estão fazendo o que querem".
A diretora da escola afirmou à mãe que não tinha o que reclamar do comportamento da criança e que ele nunca havia dado trabalho anteriormente, o que aumenta a perplexidade em relação ao ocorrido.
O caso levanta importantes questionamentos sobre violência nas escolas e a necessidade de maior fiscalização e preparo dos profissionais da educação para lidar com situações envolvendo crianças pequenas.