
Não é de hoje que Donald Trump faz barulho quando o assunto é eleição. Dessa vez, o ex-presidente dos Estados Unidos — que nunca escondeu sua desconfiança no sistema eleitoral — resolveu cutucar a onça com vara curta: quer banir de vez o voto por correio e as urnas eletrônicas no país.
Parece brincadeira? Pois ele está falando sério. E, como era de se esperar, a proposta já está causando rebuliço. Afinal, estamos falando de mudanças que poderiam virar o jogo eleitoral americano de cabeça para baixo.
O que exatamente Trump está propondo?
Em resumo: o republicano quer voltar ao básico. Nada de tecnologia, nada de envelopes via correio — só voto presencial, em cédulas de papel, como nos velhos tempos. Segundo ele, essa seria a única forma de garantir eleições "100% seguras e confiáveis".
Mas será mesmo? Especialistas em segurança eleitoral torcem o nariz. "É um retrocesso absurdo", dispara um analista político, que prefere não se identificar. "As urnas eletrônicas americanas têm falhas, sim, mas jogar tudo fora é como trocar o pneu furado vendando o carro."
O outro lado da moeda
Os apoiadores de Trump, claro, defendem a ideia com unhas e dentes. "Fraude eleitoral é real", diz um eleitor em rede social, citando — sem provas — casos suspeitos em 2020. Outros argumentam que o voto presencial "dá mais transparência", ignorando que milhões de americanos (idosos, pessoas com deficiência, militares no exterior) dependem do voto postal.
E olha que a discussão não é nova. Desde que perdeu para Biden, Trump semeia dúvidas sobre o sistema eleitoral. Agora, com a eleição batendo à porta, o assunto volta com força total. Coincidência? Difícil acreditar.
E o Brasil nessa história?
Curiosamente, enquanto Trump ataca as urnas eletrônicas, o Brasil — que usa o sistema desde 1996 — é frequentemente elogiado por sua eficiência eleitoral. "Ironia das ironias", comenta um diplomata. "O mesmo país que nos chamava de 'República das Bananas' agora quer copiar nosso modelo antigo."
Mas calma lá: especialistas brasileiros também veem problemas na proposta. "O voto por correio tem riscos, mas eliminá-lo é excluir eleitores", alerta uma cientista política. "É resolver um problema criando outro maior."
Uma coisa é certa: com ou sem Trump, o debate sobre democracia e tecnologia está longe de acabar. E você? Acha que ele está certo ou viajando na maionese?