
A coisa tá feia, e não é pouco. A Ambipar, aquela gigante do setor ambiental que todo mundo conhece, está prestes a tomar uma decisão que vai chacoalhar o mercado: entrar com pedido de recuperação judicial. E olha que o buraco é mais embaixo — estamos falando de uma dívida que pode bater na casa dos R$ 5 bilhões. É dinheiro que não acaba mais.
Segundo fontes que acompanham o processo de perto, a empresa já está com tudo encaminhado para protocolar o pedido nas próximas semanas. O que me deixa pensativo é como uma empresa desse porte chegou a esse ponto. Lembro quando eles eram a sensação do mercado, expandindo pra todo lado...
Os Números que Assustam
Detalhe crucial: desse total absurdo de dívida, cerca de R$ 3,5 bilhões são em debêntures — aqueles títulos de dívida que investidores compram esperando retorno. Agora tão segurando papel que pode virar pó. A situação é tão séria que até o BNDES, sabe, o banco de fomento do governo, tá no meio dos credores. Imagina o tamanho do problema quando o banco público tá envolvido?
E não para por aí. Tem ainda dívidas trabalhistas que somam aproximadamente R$ 100 milhões. São pessoas reais, funcionários que podem ter seus direitos ameaçados. Isso mexe com qualquer um.
O Que Levou a Isso?
Peraí, vamos com calma. Como é que uma empresa que faturava bilhões ano passado chega nessa situação? A expansão acelerada — aquela velha história de querer crescer rápido demais — parece ter sido a principal vilã. A Ambipar foi comprando empresas pelo mundo afora, assumindo dívidas, e quando viu... o castelo de cartas começou a balançar.
O mercado de gestão ambiental, que parecia promissor, enfrentou desafios maiores do que se esperava. E agora, o preço tá aí.
E Agora, José?
A recuperação judicial não é o fim do mundo — na verdade, pode ser uma chance de respirar e se reorganizar. Mas os credores tão com o pé atrás. Quem vai querer emprestar mais dinheiro pra empresa nesse estado?
O plano de recuperação precisa ser convincente, muito bem estruturado. Senão, o risco é a empresa não conseguir se reerguer. E olha, seria uma pena perder uma player importante do setor ambiental brasileiro.
O que me preocupa é o efeito dominó. Fornecedores, clientes, todo o ecossistema em volta da Ambipar vai sentir o baque. Num momento econômico já tão fragilizado, mais essa notícia é como chegar num hospital lotado com um paciente grave.
Vamos acompanhar os desdobramentos. Uma coisa é certa: o caso Ambipar vai servir de lição para muitas outras empresas que pensam que crescimento ilimitado é sempre bom negócio. Às vezes, devagar e sempre é o melhor caminho.