Meta Fiscal de 2026: Governo Pode Precisar de Mais R$ 80 Bi para Cumprir Objetivo
Meta fiscal de 2026 pode exigir ajuste extra de R$ 80 bi

Parece que a conta vai ficar mais salgada do que o previsto. O Tesouro Nacional, sempre atento aos números, soltou um relatório que fez ecoar um alerta nos corredores do Planalto. A meta de chegar a 2026 com um déficit zero — sim, aquele objetivo audacioso de gastar apenas o que arrecada — pode exigir um esforço hercúleo adicional. Estamos falando de algo em torno de R$ 80 bilhões. Não é pouca coisa, né?

O documento, que analisa os riscos que rondam o nosso orçamento, joga uma luz crua sobre a realidade. A projeção para o próximo ano já aponta a necessidade de um ajuste de R$ 31,6 bilhões só para fechar as contas no azul. Mas o buraco é mais embaixo. A equipe econômica está de olho em dois fantasmas em particular: a possibilidade de o Congresso aprovar um reajuste maior que o planejado para o salário mínimo e a pressão por um aumento nos gastos com o Bolsa Família.

De Onde Viria Essa Grana Toda?

Eis a pergunta de um milhão de dólares — ou melhor, de oitenta bilhões de reais. O relatório não entra em detalhes suculentos sobre de quais programas específicos o governo pretende tirar esse dinheiro. Mas deixa claro que, se os riscos se materializarem, o Ministério da Fazenda vai ter que afiar o lápis e fazer cortes ainda mais profundos. É uma equação delicada: de um lado, a obrigação de manter o teto de gastos; do outro, a pressão social por mais investimentos.

— É uma situação de 'aperta aqui, puxa acolá' — comenta um analista, que preferiu não se identificar. — O governo vai ter que fazer malabarismos. Cortar onde dói menos e torcer para a economia colaborar.

E o Cenário Internacional? Não Ajuda?

Pois é. O mundo lá fora vive uma montanha-russa de incertezas, e isso mexe diretamente com aqui dentro. O próprio relatório admite que cenários externos mais pessimistas podem jogar uma chave de monkey wrench nos planos. Se a economia global der uma desacelerada, pode afetar nossa arrecadação e jogar a meta fiscal ainda mais longe. É como tentar acertar um alvo móvel, com vento contra.

Não é a primeira vez que o governo se vê nesse tipo de enrascada, claro. A diferença agora é o tamanho do rombo potencial e o timing político. 2026 não é um ano qualquer; é ano de eleição. E todo mundo sabe que ajuste fiscal e campanha eleitoral são duas coisas que, via de regra, não se misturam muito bem.

O que vai acontecer? Bom, isso é com os nossos representantes em Brasília. Mas uma coisa é certa: o caminho até o déficit zero em 2026 promete ser cheio de curvas e sobressaltos. E o contribuinte, como sempre, fica na torcida — e no prejuízo, se nada der certo.