
Pois é, parece que finalmente vem aí um respiro para o bolso do trabalhador brasileiro. A Câmara dos Deputados acabou de dar um passo importante — e digo importante mesmo — na direção de aliviar a carga tributária que pesa sobre os salários mais baixos.
Na verdade, foi uma surpresa até para quem acompanha política há anos. Na quarta-feira, 2 de outubro de 2025, os deputados aprovaram um projeto que promete tirar milhões de brasileiros da malha fina do Leão. Estamos falando de nada menos que a isenção completa do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.
Como funciona essa mudança?
O negócio é o seguinte: atualmente, a faixa de isenção está em R$ 2.112 — valor que, convenhamos, não compra nem o básico do básico com os preços de hoje. A proposta aprovada praticamente dobra esse limite. Quem ganha até R$ 5 mil por mês simplesmente para de pagar IR na fonte.
Mas calma, não é só isso. Para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 6.666,67, a alíquota cai para 15%. Parece pouco, mas faz uma diferença danada no fim do mês. E sabe o que é melhor? Quem já pagou imposto este ano pode ter direito a restituição. Imagina só receber dinheiro de volta do governo!
E agora, o que acontece?
Bom, a festa ainda não começou de verdade. O projeto precisa passar pelo Senado Federal — e lá as coisas podem ser um pouco mais complicadas. Os senadores vão analisar cada vírgula, discutir, debater, e quem sabe até propor mudanças.
Se aprovado sem alterações, vai direto para a sanção presidencial. Mas se os senadores mexerem no texto, volta para a Câmara para nova votação. É aquela velha história: quanto mais tempo demora, mais ansioso fica o contribuinte.
Ah, e tem um detalhe importante: mesmo aprovado, o projeto só vale para o ano que vem. Ou seja, 2026. Mas já dá para começar a fazer as contas e planejar o que fazer com esse dinheiro extra.
O que significa na prática?
- Quem ganha R$ 3 mil: hoje paga R$ 63,68 de IR. Com a nova regra, paga zero. É um almoço fora por mês a mais no bolso.
- Quem ganha R$ 4 mil: paga R$ 191,68 atualmente. Passaria a pagar nada. Dá quase um tanque de gasolina.
- Quem ganha R$ 5.500: a alíquota cairia de 27,5% para 15%. A economia seria de mais de R$ 300 mensais.
Não é milagre, mas para muitas famílias representa a diferença entre fechar ou não as contas no fim do mês. É dinheiro que volta para a economia real, para o comércio local, para o lazer das pessoas.
O governo, é claro, vai sentir no caixa. Estimativas preliminares falam em cerca de R$ 30 bilhões a menos em arrecadação. Mas os defensores do projeto argumentam que o aquecimento do consumo compensa parte dessa perda.
Agora é torcer para que o Senado entenda a urgência dessa medida. Porque, entre nós, o brasileiro já esperou demais por um alívio tributário que faça sentido. E cinco mil reais, convenhamos, não é nenhuma fortuna nos dias de hoje — é apenas o necessário para viver com um mínimo de dignidade.
Vamos acompanhar os desdobramentos. Alguém aí já está fazendo as contas?